A propósito duma reportagem realizada esta tarde pela TVI, os dois representantes das comunidades raianas, J. Serranito Nunes, presidente da câmara de Barrancos e Angel Mendez, alcalde de Encinasola, conversam sobre a forma de (re)abrir a fronteira, para permitir a passagem dos trabalhadores transfronteiriços e proprietários agrícolas da zona.
Numa forma insólita, à distância, recuperando o tristemente célebre paralelo 38 das Coreias - não sabemos se para respeitar as regras fronteiriças, se para cumprir o distanciamento social da Covid19 - os dois dirigentes políticos parecem estar a dizer "olha Angel/mira Juan" - "como resolvemos o imbróglio onde, sem saber, nos metemos no passado dia 16 de março?
Não se ouve no video, mas as pessoas que se "acercaram à fronteira para assistir à reportagem da TVI", estavam à espera de ouvir dizer quem tira os blocos de cimento que estão sobre a ponte. Porque, sem a remoção desse obstáculo, tudo ficará na mesma!
Numa forma insólita, à distância, recuperando o tristemente célebre paralelo 38 das Coreias - não sabemos se para respeitar as regras fronteiriças, se para cumprir o distanciamento social da Covid19 - os dois dirigentes políticos parecem estar a dizer "olha Angel/mira Juan" - "como resolvemos o imbróglio onde, sem saber, nos metemos no passado dia 16 de março?
Não se ouve no video, mas as pessoas que se "acercaram à fronteira para assistir à reportagem da TVI", estavam à espera de ouvir dizer quem tira os blocos de cimento que estão sobre a ponte. Porque, sem a remoção desse obstáculo, tudo ficará na mesma!
(conversando sobre a ponte)
Entretanto, o Ayuntamiento de Encinasola divulgou esta tarde mais uma Bando/Edital, onde dá conta da conversa e da reportagem da TVI, recordando "que da sua parte, uma vez tirados os blocos de cimento (...) não vê problema para deixar passar os trabalhadores transfronteiriços", em horário a consensualizar com as partes.
Até à hora de escrita desta noticia (21h00), não era conhecido qualquer informação ou comunicado da Câmara Municipal de Barrancos.
 |
| (Bando/Edital do Ayt de Encinasola, 15-05-2020) |
18 comentários:
Falam, falam, falam e não dizem nada. Os dois dizem que não depende deles, pois isso já nós o sabemos. Agora, o de Barrancos tem que falar com o governo português e explicar o que se passa, acho que já o devia ter feito, até pode ser que sim, neste blog há noticias de reuniões com o Ministro, bela oportunidade para pressionar. O de Encinasola, parece que ainda não percebeu que isto não é para falar nem com a diputacion nem com a guardia civil, isto tem que ser diretamente com a junta de andalucia e esta com o governo espanhol. Não me gosta comparar, mas acho que o de Encinasola tem que ver o que fez o de Villanueva del Fresno, outra noticia deste blog. Duas coisas para perceber um pouco melhor este problema. O de Encinasola já fez dois comunicados por causa dos blocos de cimento, ora os blocos estão lá porque os governos português e espanhol assim decidiram, isto não é à lo hippy, chegamos lá os tiramos e passamos, mas passamos todos, não só os trabalhadores fronteiriços. Quem precisa mais da fronteira aberta, para trabalhadores fronteiriços, Barrancos ou Encinasola? Saude.
Como é possível declarações desse tipo... vindas de alguém que deveria ter responsabilidades acrescidas...
Desde quando é que Encinasola ou o seu Alcaide, tem legitimidade de permitir passagem sem que o Reino de Espanha e Portugal de essa autorização???
Mais triste é, que o Alcaide de Encinasola queira transparecer que o problemas é os blocos de cimento. E o pior é haver quem acredite...
Espanha, não permite a entrada de Portugueses nem de Franceses. Porquê? Porque ainda se encontra em estado de emergência, e sem capacidade de resposta no tratamento aos doentes de COVID 19.
______ Este é o acordo em vigor entre Portugal e Espanha_____
Portugal e Espanha acordaram em condicionar a circulação de transportes entre os dois países, nos seguintes termos:
a) É proibida a circulação rodoviária, independentemente do tipo de veículo, com exceção do transporte internacional de mercadorias, do transporte de trabalhadores transfronteiriços e da circulação de veículos de emergência e socorro e de serviço de urgência; o tráfego rodoviário permitido circula através dos seguintes pontos de fronteira:
Valença-Tuy;
Vila Verde da Raia-Verín;
Quintanilha-San Vitero;
Vilar Formoso-Fuentes de Oñoro;
Termas de Monfortinho-Cilleros;
Marvão-Valência de Alcântara;
Caia-Badajoz;
Vila Verde de Ficalho-Rosal de la Frontera;
Vila Real de Santo António-Ayamonte.
Será sancionado, nos termos da respetiva lei penal, a passagem da fronteira fora dos pontos de passagem autorizados.
Ficou bem claro na conversa entre os 2 presidentes quem não quer tirar as manilhas da ponte! E já agora, se me permite, achei ridículo o distanciamento ao qual o nosso presidente se submeteu! Não custava nada ter-se aproximado ao seu homônimo,ficando do lado de cá da manilha e mantendo o metro ou até 2 metros de distanciamento social.
Cptos.
Há pessoas que nao percebem ou nao querem perceber: Quem colocou os blocos de cimento foi o Município de Barrancos!
Nesta história da fronteira há quem queira passar a culpa ao pobre Alcade de Encinasola!!! Então o homem não tinha nenhum habitante a querer passar a fronteira ...são os Barranquenhos que querem e precisam ir trabalhar a Espanha ! Porque em Barrancos não há trabalho!
Além de pobres somos mal agradecidos. Se calhar a culpa é da retro da Junta que meteu lá as manilhas e se calhar foi o Eduardo Cabrita que mandou a reto ir lá...
Ao anónimo/a das 00h42
É verdade que a decisão de abertura e encerramento de fronteiras, é uma prerrogativa governamental. Contudo, os presidentes das CM, e presumo que também os alcaldes, possam exercer alguma pressão para reverter a situação utilizando o que o antigo PR Mário Soares chamava de "magistério de influência".
Acredito que ambos, Barrancos e Encinasola, a tenham exercido, em privado ou publicamente, ainda que sem sucesso. De Encinasola, conhecemos os "bandos"; de Barrancos, pelo menos o email dirigido ao MAI e ao SED publicado no facebook. Contudo, pelo que se percebe, sem o sucesso que tiveram Mourão e Villanueva del Fresno.
Vamos ver agora, se o Amilcar consegue ultrapassar este impasse.
cpts.
Ao anónimo/ das 9h34
Pouco importa agora saber quem colocou o que, importa é proceder à sua retirada.E alguém terá de o fazer.
cpts.
A/o anómimo da 1h18
Nesta espécie de "cimeira da ponte", houve um respeito escrupuloso das regras, da Covid19 e do fecho da fronteira, que só o câmara da TVI violou!
cpts
Tantos anônimos dando opinião numa noticia que tem sido partilhada 5 vezes no face e ninguém se tem pronunciado. Gosto de ouvir o alcaide de encinasola,agora que temos que reconhecer que o presidente da nossa câmara mal se percebe. E a carta enviada,não sei para onde,faz até graça,porque ia assinada por um acessor. Então a assinatura do presidente nâo seria mais eficaz? Vamos deixar de ser parvos e reconhecer que é da nossa parte que nâo há força suficiente para impor nada. Mas pode ser que o Amilcar,faça alguma coisa...visto que até aos que tanta falta lhes faz todos os dias ,tenhem medo de falar. Uma reportagem sem pés nem cabeça..mascaras e mais nada. Viva o 25 de abril! Comps
O reporter foi para o outro lado mas o nosso presidente podia ter ido até as manilhas ficando do nosso lado e respeitando as regras fo covid pois as mesmas dizem distância de 1 a 2 metros e não 20 metros. A mim pareceu-me uma falta de respeito e desprezo pelo autarca espanhol e pelos nossos trabalhadores. Enquanto ao comentário que diz que espanha não permite entradas de franceses nem portugueses todos sabemos que é mentira visto que os nossos portugueses vão lá tofos os dias vistos que espanha o que não permite é turismo e aqui o que está em causa é a defesa dos nossos trabalhadores transfronteiriços e não do turismo normal ou ate comercial que estamos habituados a fazer. Espanha permite a entrada dos trabalhadores transfronteiriços e é isto que estamos pedindo e nada mais e sim, fomos nós que colocamos os blocos de cimento, é sabido de todos!
Cptos.
Em relação ao email enviado ao ministro o mesmo perde toda a credibilidade a partir do momento que vai assinado pela secretária do presidente e não pela autoridade máxima da autarquia!
Saudações barranquenhas.
Para o anónimo das 11:43, deve ler acordo entre Portugal e Espanha. Irá ver que todas as dúvidas que demonstrou descritas, irão ficar esclarecidas.
Se os trabalhadores pretendem entrar em Espanha, quem é que tem de dar a autorização para entrar no seu território? Hum??? Será Espanha... Ou não? Que poder tem Portugal se Espanha não permite essas entradas a não ser nas fronteiras autorizadas (tente entrar numa fronteira não autorizada de Portugal para Espanha, e depois diga é mentira, que Espanha deixa entrar Portugueses e Franceses todos os dias). Quem controla entradas de Portugal para Espanha é a Espanha. Haverá dúvidas disso? Estar lá blocos de cimento, estar lá uma fita, estar lá o que quer que seja... Não se pode passar naquela fronteira porque não há autorização para se passar (decisão de Portugal e Espanha). Quando a houver, e que seja rápido, para bem de todos... Será aberta e as passagens feitas de acordo com o estabelecido. A defesa dos trabalhadores está infelizmente limitada aos inúmeros KMS que tem de ser feitos. Mas n deixa de estar salvaguardada, limitada e prejudicial, sem dúvida que está... Assim como o comércio local, a economia mundial, aqueles que querem trabalhar e não lhes é sequer permitido... E por aí fora.
Cpts
Que vergonha, como são possíveis certos comentários, lá diz o ditado “mais cego é aquele que não quer ver do que aquele que não vê”. Então o presidente de Barrancos devia ter passado as grades, mas o de Encinasola não podia passar pelo meio dos blocos de cimento. Pois claro que não, a fronteira agora são os blocos de cimentos, que são portugueses, assim como as grades, como parece das imagens. Somos sempre a mesma coisa, nós é que temos que nos rebaixar aos outros, os outros são sempre os bons, nós não servimos para nada. Para não aborrecer ninguém, se virem bem as imagens, quer um quer outro ficam no principio da ponte do seu lado, praticamente no mesmo sitio. Os blocos de cimento são portugueses, pois claro, se calhar não havia do lado de lá, vejam a fotografia de Mourão, blocos de betão que cortavam a estrada toda. Se calhar falta força politica, mas espero que não seja do nosso lado, quantas vezes falou o alcalde de Encinasola com o seu Ministro, ou outro governante, sobre este problema. Não se preocupem, a TVI e as outras televisões vão resolver isto, como resolveram outros problemas antigos de Barrancos. Que não demore muito.
A/o anónimo/a das 16h53
Não me parece que alguém refira "quem devia passar, primeiro ou segundo", muito menos "rabaixar". Não se tratava disso. Parece certo, pelo menos por cortesia, que "ambos, os dois", homólogos, podiam ter mantido a conversa respeitando a distância social. Não o fizeram, por isso tiveram de gritar, cada um do seu lado da raia. Só o câmara da TVI ousou violar a lei e passar a ponte, que nesse caso simbolizava a fronteira.
cpts
Sim, o presidente espanhol contactou as autoridades maximas do seu país só que com uma pequena diferença do nosso... foi ele que assinou as cartas e email enviadas as autoridades espanholas.
Jacinto, tem graça ver a forma como algumas pessoas resumem o assunto....seria melhor era verem quantos espanhóis pedem para passar para o lado Português..antes de criticarem o Alcalde de Encinasola!
a/o anónimo/a das 20h54
Se de um lado foi dado público conhecimento, do outro não conhecemos o subscrito.
cpts
pelos vistos 30 portugueses querem passar a fronteira...espanhois 1 ou 2...e quem dá a cara com os seus eleitores é o alcalde de Encinasola!
Será correto??
Enviar um comentário