Entretanto, de acordo com o ponto de situação da CMB, de 29/11/2020, Barrancos registava cinco casos ativos, com 11 casos confirmados desde o início da pandemia. Há seis indivíduos já recuperados (foto3).
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
COVID 19 - DGS "sobe" Barrancos para o grupo de risco elevado
Entretanto, de acordo com o ponto de situação da CMB, de 29/11/2020, Barrancos registava cinco casos ativos, com 11 casos confirmados desde o início da pandemia. Há seis indivíduos já recuperados (foto3).
Municípios taurinos unem-se e criam nova associação de defesa e promoção da tauromaquia
Deste modo os municípios vão realizar um trabalho de verdadeira defesa e promoção da tauromaquia, não só nos seus territórios, mas também em diversas ações a desenvolver a nível nacional e internacional.
Câmara de Barrancos aprovou moção "em defesa da tauromaquia" e de repúdio pelas propostas e teses anti-taurinas
A câmara municipal de Barrancos, reunida no passado dia 27 de novembro, sexta-feira, aprovou, por unanimidade, a "Moção pela Defesa da Tauromaquia – Património Cultural Imaterial de Barrancos – e pela Liberdade de Acesso aos Espetáculos Taurinos", que repudia as propostas anti-taurinas do PAN e do BE, que entretanto foram chumbadas em votação parlamentar:
domingo, 29 de novembro de 2020
"Desigualdades sociales y cómo superarlas en tiempos de pandemia. Aportaciones desde la Sociología" - conferência decorre amanhã
Publicado o regulamento do programa Apoiar.pt e Apoiar Restauração -
O Programa APOIAR, estruturado em duas medidas - «APOIAR.PT» e «APOIAR RESTAURAÇÃO» - visa mitigar os impactos negativos sobre a atividade económica das empresas de menor dimensão decorrentes das medidas de proteção da saúde pública associadas à pandemia COVID-19, promovendo o apoio à liquidez, à eficiência operacional, à manutenção de emprego e à saúde financeira de curto prazo destas empresas.
sábado, 28 de novembro de 2020
Amanhã começam as Novenas
Recorde-se que as Festêras de 2020, são: Carolina Rodrigues Costa, Florbela Caldeira (presidente), Helena Baleizão Domingues, Maria Conceição Guerreiro Segão e Mariana Marcelo Moreira.
Loja CTT Barrancos já tem nova imagem/marca
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
Censos Sénior 2020 - Barrancos regista "68 idosos a viver sozinhos"
De acordo com o Diagnóstico Social de Barrancos 2019-2021 (págs. 114-115), em finais de 2017 residiam na vila de Barrancos 365 cidadãos maiores de 65 anos, dos quais, 74 com idades compreendidas entre os 65-69 anos; 61 entre 70-74 anos; 90 entre 75-79 anos; 87 entre 80-84 anos, e 53 com mais de 85 anos.
Nos restantes distritos, em Évora (2654) e Santarém (2035) foram sinalizadas mais de duas mil situações, seguindo-se Castelo Branco (1842), Setúbal (1734), Braga (1543), Aveiro (1383), Coimbra (1334), Viana do Castelo (1043) e Leiria, com 1090.
No distrito de Beja, dos 3403 idosos sozinhos, 959 residem no concelho de Odemira, 516 no de Almodôvar, 331 no de Mértola, 306 no de Beja, 299 no de Serpa, 172 no de Castro Verde, 137 no de Moura e 122 no de Aljustrel.
Abaixo da centena de idosos sinalizados, estão Barrancos (68), Vidigueira (67), Cuba (60), Alvito (57) e Ferreira do Alentejo (41). Foram igualmente identificados mais 59 idosos sem concelho definido.
A Operação “Censos Sénior” é realizada desde 2011, sendo a base de dados geográfica periodicamente atualizada e a GNR sendo os idosos sinalizados acompanhados através de visitas regulares às suas residências, conclui o comunicado, citado pelo Correio do Alentejo.
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Projetos anti-taurinos do PAN chumbado nas votações do Orçamento de Estado para 2021
SlowFood - 4 sessões de "Encontros com a Comunidade" para saber "comer devagar"!
Creche gratuita para as crianças do 1º e 2º escalões da tabela de comparticipação familiar
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
Webinar de Apresentação do Programa APOIAR
O evento é promovido pelo IAPMEI, Turismo de Portugal e COMPETE 2020 e conta com a presença do Secretário de Estado Adjunto e da Economia.
Durante a sessão serão dadas a conhecer as medidas que integram o Programa APOIAR, APOIAR.PT e APOIAR RESTAURAÇÃO, criadas pela Portaria n.º 271-A/2020, de 24/11.
Terá também a oportunidade de esclarecer as suas dúvidas. Cerca das 12h15 haverá uma sessão de Perguntas e Respostas.
Consulte o programa e inscreva-se já!
O link de acesso será enviado após a inscrição.
Saiba mais sobre o novo Programa APOIAR destinado a micro e pequenas empresas com quebras de faturação, que atuem nos setores afetados pelas medidas excecionais de mitigação da crise sanitária.
CTT reabrem Loja de Barrancos
Segundo soube o eB, a Loja CTT de Barrancos será a 23ª Loja a ser reaberta, no âmbito do compromisso público dos CTT de reabrir lojas únicas em sede de município, "tendo em vista o reforço da elevada proximidade às populações e da capilaridade da rede, não procedendo, como já foi tornado público, a novos encerramentos."
Recorde-se que a estação dos CTT de Barrancos estava encerrado desde 1 de junho de 2018, tendo nessa data sido concessionada a uma empresa privada.
O leitor interessado poderá consultar aqui, no eB, as várias noticias sobre as peripécias deste processo, desde o anunciado encerramento até à sua reabertura, que só terá sido possível com a mudança da administração da empresa CTT, que foi sensível à pressão das populações e do regulador (Anacom).
Estação dos Correios de Barrancos (Foto: eB, 09-10-2020) |
Estação dos Correios de Barrancos (Foto: Arquivo eB, 16-05-2018) |
terça-feira, 24 de novembro de 2020
COVID 19 - centro de saúde de Moura "faz testagem a Moura e Barrancos"
O Centro de Saúde de Moura iniciou esta segunda-feira, dia 23, "o serviço de testagem à Covid 19, que vai permitir evitar a deslocação a Beja, por parte dos utentes do concelho de Moura e Barrancos, para realizarem testes."
Agrupamento de Escolas de Barrancos "procura" técnico especializado (de informática) e docente de artes visuais
Saiba quantos estabelecimentos de Alojamento Local temos em Barrancos
Listagem de Estabelecimentos de Alojamento Local (AL) – BARRANCOS |
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Nº Registo |
Data
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Nome - Tipologia Alojamento |
Nº Utentes |
Localização
Contactos |
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8 |
Rua Boavista, 1
7230-004 Barrancos algoldschmidt@gmail.com |
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Apartamento - "CASAS DE S. JOÃO" |
6 |
Rua São João de Deus, 37
7230-047 Barrancos jose.escoval@sandalo.pt |
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Estabelecimento de hospedagem - "CASA DE HÓSPEDES"DOMINGUES" |
12 |
7230-047 Barrancos imilito@hotmail.com |
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Estabelecimento de hospedagem - "CASA DA BOAVISTA" |
14 |
7230-004 Barrancos carlos.alcario@gmail.com |
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7 |
Rua 1º de Dezembro, 3
7230-042 Barrancos rita_correia2@hotmail.com |
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7 |
7230-042 Barrancos rita_correia2@hotmail.com |
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
Abertura de candidaturas para instalação de jovens agricultores (18-40 anos)
(Foto: Agronegócios) |
Contributos para a História de Barrancos (XII) - A Adua
Antes de detalhar, passo a narrar uma introdução breve do porco e da cabra, animais que andavam na Adua.
O porco, segundo nos diz a história, há várias raças deste animal, predominando nos dia de hoje, na nossa região, a raça Alentejana (porco preto). Apareceu na terra há mais de 40 milhões de anos. Os primeiros homens de aldeias fixas (10.000 anos atrás), tinham como principal fonte de alimento os suínos e não cereais como cevada e trigo. A sua carne é a mais consumida no mundo (responde a 44% do mercado de carnes) sendo considerada bastante saborosa por variadíssimos gastrónomos.
A cabra, também, segundo a história, é considerada uma subespécie da cabra-selvagem. Foram domesticadas por volta do ano 7.000 a.C. (antes de cristo) no Oriente Médio. Pela sua resistência natural e capacidade de adaptação a condições extremas, chamaram a atenção aos povos nómadas da região para a possibilidade de as domesticar, sendo concretizada essa intenção como era seu desejo. É um animal que nos fornece: couro; leite; carne e estrume que é muito aplicado na fertilização de terras. Existem várias raças.
Chegado aqui, discrimino uma pequena resenha do que era a Adua:
Em tempos remotos, antes da década de 1960/70, existiu em Barrancos a Adua, localizada onde hoje está construído o bairro, com o mesmo nome, e áreas confinantes (Pavilhão Gimnodesportivo e outras). Terreno rochoso sem qualquer habitação envolvente. Nas proximidades, o curral de concelho, amuralhado, sito onde hoje está erigido o Mercado Municipal. Este local também era utilizado para encerrar o gado, apreendido pela GNR por transgressões em terrenos alheios, aos dos donos.
A Adua era uma forma de pessoas possuidoras de cabras ou porcos, que não tinham condições para os poderem guardar no pastoreio, durante o dia, pagarem ao Adueiro (guardador de gado) um valor semanal, quinzenal ou mensal, consoante as possibilidades dos proprietários, pelo serviço de cuidar do gado que possuíam no apascento. O porco era o animal que predominava.
Com o aclarar do dia, começava a azafama do Adueiro fosse em verões com sol tórrido e temperaturas altíssimas; ou invernos com chuva, vento e frio. Tinha de aguentar todas as intempéries. Estes pastores não tinham férias, (naquele tempo nem falar!), nem descanso semanal, nem fêra nem Natal. Tinham que estar sempre no seu posto de trabalho, salvo por motivo de força maior, 365 dias por ano, para receberem os animais que tinha a seu cargo. Os horários praticados eram: no verão, até às 21 horas; no Inverno, até às 17.30 horas aproximadamente, uma vez que os dias eram mais pequenos. Neste período, os proprietários ficavam descansados nas suas fainas, conhecedores de que ao longo do dia os citados animais pastavam pelos campos baldios do concelho sob olhar cuidado do pastor, (conhecedor dos animais e dos terrenos). O Adueiro, zeloso, sabia a quem pertencia cada animal e com isto se depreende que tinha vários patrões. Tinha ainda a responsabilidade de verificar se algum tinha doença ou, por exemplo, pata partida, bem como o seu desaparecimento, quando a isso havia lugar. Era um trabalho bastante árduo. Pela tarde, alguns donos deslocavam-se à Adua buscar os animais. No entanto, a grande maioria não necessitavam que os fossem buscar, uma vez que, eles próprios, se encarregavam de ir para casa, imbuídos pela guloseima (pequena ração) que o esperava. Nas ruas àquelas horas, havia animais por tudo quanto era sitio.
Mas, o regresso a casa nem sempre era tranquilo. Havia dias, em que nem tudo decorria pelo melhor. Em alguns casos, os chibos perdiam-se das mães (cabras paridas), bem como leitões de (porcas paridas), extraviando-se e obrigando os donos a procurá-los em diversas casas de moradores, que tinham, também eles, cabras ou porcos na Adua ficando o extravio encontrado.
— Bom dia, António. (Adoeiro, pahtô).
— Bom dia Xico. Cômu bai?
Bênhu a trazê a cabra e a pórca para que pacêm o dia a comê por êçe baldio.
— Fica entregue, Xico. Bai dehcançadu. Que dia maih mau êhtá! Xubendu dehta manera, quem tem bontade de çai com o gado, ao campo.
— Tem razão, António. Bueno, me bô áu campu purque tênhu que di a labrá i semiá unh rêgo de fabah. A tárdi não bênhu buhcá uh bixuh porque já sabem bi para casa. Atá manhã.
Em português: − Bom dia António (Adoeiro, pastor). – Bom dia Xico. Como vai? – Venho a trazer a cabra e a porca para que passem o dia a comer por esse baldio. – Fica entregue, Xico. Vai descansado. Que dia mais mau está! Chovendo desta maneira, quem tem vontade de sair com o gado. – Tem razão, António. Bem, vou-me embora ao campo porque tenho que ir a lavrar e semear uns regos de favas. A tarde não venho buscar os bichos porque já sabem ir para casa. Até amanhã.
Nos terrenos do concelho, bastante estéreis, designadamente os do baldio, o animal que mais se amoldava era o gado caprino, ruminante, que usufruía do privilégio das característica que possui, como atrás se diz, adaptando-se mais facilmente ao mato. Consegue, assim, comida para sobreviver, especialmente no Verão. Daí a opção pelo grande número de cabras existentes, excluindo as ovelhas.
O porco, não ruminante, prevalecendo, como citado, no concelho a raça autóctone alentejana (porco preto), procurava, entre outras, no pastoreio, a sua alimentação através dos dentes caninos, fossadores que davam volta a terra (pareciam autênticos lavrados) para apanharem vermes (minhocas entre outros) para a sua alimentação que, por norma, iam para abate, atingindo o peso de 60/70 kg. Boleta para estes, nem sonhar, porque nos baldios não existe azinhal.
Entretanto, em algumas casas, tinham como alimentação base a preciosa carne destes suínos. Com as matanças que faziam anualmente, ou em qualquer outro período do ano, utilizavam a carne para variadíssimas aplicações tais como: o chouriço; catalão; morcilha; farinheiras; presas salgadas; presunto, etc.. Nas casas mais pobres o toucinho e a papada era o alimento principal que, salgados, aguentavam todo o ano. Outros pobres havia que, por força das necessidades, abdicavam da carne do porco que tinham engordado e vendê-lo para liquidar outras despesas contraídas para o sustento da família.
Porém, nem toda a carne era igual. A dos porcos que apascentavam nos Baldios contradizia, pela negativa, com a carne de porcos criados e engordados em grandes superfícies de azinhal, pertencentes aos lavradores. Por estes, anualmente eram engordadas várias varas de porcos com boleta. Esta sim, é que era e é a verdadeira alimentação, que produz a provada carne de excelência.
Em Barrancos existiram os Adoeiros: tio José Rubio e filho António Domingues Rúbio, mais conhecidos por tio Zé Doeiro e António Doeiro, que adquiriram este pseudónimo por desempenharem estas funções; o tio Manuel da Silva Segão e por último o João Taranta. Esta atividade perde-se no tempo, sem que haja, que se saiba, conhecimento da sua origem. Todavia com a falta de gente para desempenhar este serviço, em virtude daqueles procurarem outras vidas, menos sofrida, em novos mundos, possivelmente, na década supracitada, foi o fim da Adua.
Estes homens passaram tempos muito difíceis. Abraçaram este trabalho para poderem sobreviver com uns parcos tostões que ganhavam a fim de dar de comer à família.
Ass) José Peres Valério"