sábado, 31 de agosto de 2013

Festas de Barrancos 2013 - a animadora do dia 31

A Isabel Augusto com "Toma que toma", aborreceu. Em cima do palco cantava e dançava, mas não entusiasmava.
Sucedeu este ano, o mesmo que em 2011. A cultura do flamenco não desperta paixões em Barrancos. A praça aguenta, mas metade dos presentes pareciam desinteressados ou ausentes.
Às 23h45 despediram-se. O baile estava quase a começar, outra música soaria.

Festas de Barrancos 2013 - a corrida de touros do dia 31 (que só conta pelo fim)

Pelo que me recordo é a primeira vez em muitos anos - peço desculpa se estou a induzir em erro alguém, por traição de memória - que uma corrida de touros, no nosso caso um touro, só tenha história pelo final feliz: estocada certeira e limpa! Provavelmente a melhor da fêra de 2013! O artista, Manuel Ponce.
A corrida começou tarde, muito próximo das 19h00. Já a praça, debaixo duns tórridos 32ºC, assobiava. A banda de música há algum tempo estava no sítio; os toureiros esperavam que a comissão de festas realiza-se o peditório. Concluído este, e quando estava tudo pronto para o passeilho, faltava um festêro. Telemóvel para cá, telemóvel para lá, e apareceu o desaparecido. Há ocasiões que nem se pode ir ao wc!
Da corrida em si, pouca história: novilho bonito, mansarrão, que só procurava os paus. Logo no início percebeu-se que alguma coisa não encaixava. O novilho, solto na praça, à espera do matador, que resistia na tornêra. Saiu, parece que com pouca vontade e deu dois ou três passes. O bandarilheiro, rápido a pegar na bandarilha, nervoso e assustado, pedia "terreno" ou "espaço" apontando ao animal. O público notava e assobiava (faz parte da praxe). Os companheiros aconselhavam-no. Mas, nada. O medo do touro ou da praça dominava-o. Com esforço correu e "atirou" as bandarilhas ao animal. Mal!
Ainda não tinha mudado o tércio, já o matador estava de muleta preparada e pronta a despachar o bicho, quando de ouviu a trompete. À primeira muletada, o touro corre e assim seria a história dos próximos cinco a dez minutos de tormento para o Ponce. De repente, frente ao encerro, saca a espada, aponta-a de longe e... pum... limpa e sem saber como, derruba o novilho, que nem pinga de sangue deita. Será, com toda a certeza, a melhor estocada da fêra de Barrancos 2013! A aficion surpreendida, nem reagiu. Será tema de conversa para agora e para muitos dias... O jovem matador agradeceu e, depois de limpar o suor nas tábuas da CGD, saiu da praça quase a chorar, antecedido da quadrilha e de familiares. No tabuão, o diretor da corrida, F. Farinha, reparou e, juntamente com o presidente da Câmara, António Tereno, levantaram-se, bateram-lhe palmas e agradeceram. Um gesto elegante e nobre, que muita gente seguiu. Ponce, ainda é jovem e teve um dia menos bom.
Encerrada a corrida, a praça começou a preparar-se para a vacada, que, "manda" a tradição se prolongaria por muito tempo, com pegas, alguns arranhões e sustos, para além da visita obrigatória à sociedade dos Ricos, etc; Nada. Tudo enganado. A vaca saiu às 19h20 e as 19h30 já estava no dumper. Uns passes com capa, uns saltos e umas corridas bastaram. Foi rápida. Apanharam todos de surpresa. Talvez houve precipitação. Talvez tenha sido melhor assim.
Fim.
A corrida com o touro. Fotos: eB, 31-08-2013
A vacada. Fotos: eB, 31-08-2013

Encerros a pé. Barrancos estará preparado para o seu regresso?

Os encerros a pé -  isto é, com os touros e cabrestos trazidos até à praça de touros desde a herdade das Mercês (na cerca das Comendas), pelos maiorais e cavaleiros de Couto de Fornilhos - terminaram há quase 40 anos. Em 1975 ou 1976, se a memória não me falha.
Estará Barrancos receptivo ao seu regresso, numa próxima festa? Ou, reformulando a questão. Haverá condições para "fazer os encerros a pé" nas Festas de Barrancos?
Na imagem aquilo que poderiam ser os "encerros de Barrancos". Foto daqui

Festas de Barrancos 2013 - Nolasco, o concerto falhado?

O anunciado "grande concerto de Nolasco",  não correu nada bem. O artista vinha anunciado com grandes parangonas de sucesso (?), começou tarde, já passavam das 2h, com pouco público no Quintalão, que preferiu ficar nos bares, cafés e na rua.
Faltou o púbico mas, diz quem lá esteve, gostou de o ouvir.

Festas de Barrancos 2013 - o encerro do dia 31

Manhã fresca, soleada e 17ºC às 7 horas, neste último dia da fêra de 2013.
Às 7h30 já a praça estava animada com a música da "rádio fêra". Muitas sevilhanadas, que a praça respondia.
Na rua da igreja, como sempre, uns subiam e outros desciam. Já estão ai? Perguntava um. Aí, bienen, respondia outro.
7h45 - o foguete avisa que os touros já estão na rua, à espera.
Entretanto, os chocalhos denunciam a chegada dos cabrestos, que lentamente, ... pachorrentamemte, sobem a rua e até param na porta da GNR, na portada da Casa Mortuária e só depois seguem para a praça.
8h06 - ainda o touro não saiu e os menos afoitos correm em direção à praça. Fizeram bem, porque um minuto depois já o touro espreita ao fundo da rua. Sobe rápido, mas há gente que o chama das varandas e portas. O touro, por cortesia, vai lá cumprimentar. Só não chega a dar abraços, por que quem chama, esconde-se ou foge...
Já na praça faz uma, duas, até três limpezas! A corda atravessa a arena e vai da tornêra da igreja até ao tabuado do encerro, onde o Manuel Violante a espera. Um ou dois balanços e o touro está enlaçado e, pouco depois nos curros. Eram 8h14.
Agora a vaca!
Ligeirinha, vai de enfiada da jaula à praça. Mal pára, apesar da gente que a chama e com ela quer "brincar". na praça, na arena, é logo apanhada e solta, por que o público assim o exigiu. Cinco minutos depois, nova pega, e outra pega. De profissional ou amadora, as pegas sucediam-se. A vaca é frágil, mas ágil
Quando faltavam 15 para as 9 da manhã, estava o vaca no curro e o encerro terminado. Em cima do tabuado e provavelmente em baixo, muita gente pensaria, "e agora, que fazemos?" Uns iriam para a cama, que estavam tresnoitados, mas outros continuariam no cachondeu... até à hora da corrida.
À espera do encerro. Foto: eB, 31-08-2013
O encerro do touro. Foto: eB, 31-08-2013
O encerro da vaca. Foto: eB, 31-08-2013

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Festas de Barrancos 2013 - a animadora do dia 30

Esta noite a praça encheu para ver e ouvir o Tony das Carreiras e suas bailarinas. O artista, da Amareleja, que atuou das 23 às 24 horas, alegrou a multidão, muitas das quais sabiam de cor as letras e músicas do Tony, o verdadeiro.
Atuação de Tony das Carreiras, Praça de Touros de Barrancos, vista do terraço da Sociedade.
Foto: eB, 30-08-2013

Festas de Barrancos 2013 - a corrida de touros do dia 30

Tarde quente, 32ºC, às 17h30, hora de subir ao tabuado, para ocupar um dos lugares adquiridos há cerca de 15 dias.
Às 18h10, já os tabuados estão praticamente lotados e a arena da praça cheia de gente, quando entra a banda de música. Entra a tocar, de frente para a sociedade do Ricos, continua a tocar virado para a CGD, e termina tocando virado para o tabuado, para onde vai subir.
Na portada, já os matadores Jose Mª Lazaro e Eugenio Martin "El Mani", esperam há algum tempo, que a Comissão de Festas, desta vez acompanhada da "nova", faça o passeilho.
Às 18h30, sai o primeiro, para José Mª Lázaro, que se porta bem, até à estocada final, errada, mas certeira. Apesar de tudo, levou duas orelhas. Foi demais. Uma, já chegava. Enfim, somos uns mãos largas...
Recolhido o animal pela parelha de mulas, desta vez bem assessoradas, pelo Tó L., levanta-se o Bruno Rodrigues, trompetista e manda sair o segundo. Aberta a porta, surpreende-se com barulho e dá uma pirueta, saindo de frente.
Na arena, depois de alguma indecisão sobre a localização, recebe-o Eugenio Martins, El Mani, para dois os três passes e a faena muda de tércio. Continuou e, com musica e aplausos, que ele próprio pedia, colocou as melhores bandarilhas desta temporada em Barrancos. Estava contente. Mas depressa mudaria o semblante...
Nas faenas finais, deixa-se tocar por um corno, que lhe rasga a calça. Na praça, um miúdo, surpreendido, dizia que o "torero tinha collants". À medida que se aproximava do resultado, notava-se a mudança de cor:  encarnada tinha a cara; branca estava no início.
Mesmo aconselhado, falhou na concretização. Depois, os nervos não o deixavam pensar e queria ser rápido. Não foi. Esteve mal. A praça esperava muito dele. Não correspondeu. Lázaro saiu triunfador.
A corrida estava concluída perto das 7h20 e pouco depois começava a cerimónia da "entrega da festa à nova comissão". Como? Não sabia? Não se lembrava desta parte? Explico: as duas comissões, a nova à frente da velha, fazem uma espécie de percorrido pelas principais ruas da Vila, com a banda filarmónica atrás, a tocar e animar. No final do percurso, que costumava ser no Cantaré (pelo menos assim foi em 1991, quando este letrista foi festêro), mas também já foi no hotel e na sociedade dos Rapazes, para-se para uma bebida e um petisco oferecido pelos novos festêros a todos os intervenientes. Com este ritual, a comissão velha passa o testemunho à Comissão nova. Assim foi hoje, assim tem sido sempre ao longos dos anos. E por que hoje, se amanhã ainda há festa? Explicação: por que dantes, pelos menos até há uns 50 anos, a fera de Barrancos tinha apenas três dia. Terminava hoje! Aos poucos, foram acrescentando um dia, o 31 e ultimamente dois, o 32, e por vezes 3, o 33! A "entrega da festa" essa não mudou. Continua a ser dia 30
Primeiro touro. José Maria Lazaro. Foto: eB, 30-08-2013
Segundo touro, para El Mani. Foto: eB, 30-08-2013

A entrega da festa. Foto: eB, 30-08-2013

Bombeiros de Barrancos combatem incêndios na Serra do Caramulo

O 2º comandante, João Agulhas e o bombeiro de 1ª classe, José Manuel Lopes, dos bombeiros de Barrancos, juntamente com o comandante dos BV de Ferreira do Alentejo, partiram esta manhã para a Serra do Caramulo (Viseu), para integrar o dispositivo de combate ao incêndio naquela região e render a equipa distrital (Beja) que se ali se encontrava desde o principio da semana.
Foto: Público

Festas de Barrancos 2013 - o encerro de dia 30 (em atualização)

São 7h30 e estão 18ºC. Nas ruas os carros estão molhados (orvalho matinal). São horas de ir para a praça, porque os touros devem estar quase a chegar....
7h52, depois do morteiro avisar da chegada dos touros, os cabrestos são encaminhados para a praça, com a algazarra habitual.
7h58 - o primeiro touro, quase de precede o foguete. Há faena na rua da Igreja. Chega até à portada da Casa Mortuária e regressa procurando portas e varandas. Nada acontece. Ainda bem. Na praça, os mais afoitos procuram o bicho, afastando-os da corda, uma, duas, três, ... seis ou sete vezes. No tabuado, o Manuel Violante, corre de lado a lado (alguém será incomodado/a com a corda?)  e o Ricardo na tornêra estudam nova estratégia de ataque... consegue-no, às 8h30 e 10 minutos depois já está o novilho no curro.
8h43 - o segundo já sobe a rua. Não pára e entra diretamente na praça, onde o aguarda a aficion. No centro da arena procura os cabrestos, donde sai de vez em quando para uma limpeza dos paus. É enlaçado, à segunda e às 9h15 já estava a dar descando à praça, que também estava cansada duma noite de baile e copeu. Na janela do cartório, um altavoz ia animando a praça, ao som de paquitos e afins. A praça respondia...
Amanhã há mais... os cabrestos regressavam a casa, às 9h17...
Praça e rua da Igreja, 7h35
Primeiro touro. Foto: eB, 30-08-2013


Segundo touro. Foto: eB, 30-08-2013