Segundo o jornal Expresso, do passado dia 7 de novembro, "há 730 mil casas vazias e abandonadas em Portugal". Para Luís Mendes, investigador do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (CEGeo), citado pelo Expresso, "o fenómeno ocorre em todo o território nacional, devido a um contínuo desajustamento entre oferta e procura". Contudo, refere também, há muitos "casos de abandono, motivados por
heranças indivisas, cadastro inexistente ou dono desconhecido, ou total
desinteresse pelo proprietário". Nestes casos, o investigador sugere
“a tomada de posse administrativa ou mesmo expropriação por parte do Estado”.
No início de 2020, o jornal I adiantava que pelas contas da Câmara de Lisboa, "a capital, teria 3246 imóveis devolutos – abandonados e sem condições de habitabilidade".
No caso de Barrancos, o fenómeno não é muito diferente do relatado. Num passeio por uma das ruas perto do centro da Vila, em 70 prédios urbanos contamos 16 casas devolutas, entre as quais cinco abandonadas há mais três/quatro décadas, duas delas em estado de degradação e ruína. Nesta contabilidade não foram incluídas as "casas fechadas", de segunda habilitação, que periodicamente têm gente ou foram remodeladas há pouco tempo.
No Orçamento do Estado de 2021 constam medidas relativas ao imóveis abandonados, que complementam as normas já existentes desde 2016 de aplicação de IMI agravado às casas devolutas ou abandonadas. Não será uma panaceia para a recuperação de todas estas casas, mas poderá contribuir para a recuperação de algumas e a venda de outras!
No Orçamento do Estado de 2021 constam medidas relativas ao imóveis abandonados, que complementam as normas já existentes desde 2016 de aplicação de IMI agravado às casas devolutas ou abandonadas. Não será uma panaceia para a recuperação de todas estas casas, mas poderá contribuir para a recuperação de algumas e a venda de outras!
Casa degredada em Barrancos, rua S. Bento, nºs 34 e 38, - alçados principal e traseiras. (Foto: eB, 19-02-2020) |
1 comentário:
O problema Jacinto é que os anos anteriores foram muito bons e os bancos davam mais dinheiro que o normal, as casas estavam em Barrancos tinham valores quase iguais aos da cidade e há aproximadamente 20 anos não havia uma única casa para venda e assim que saia alguma era logo vendida pelo valor que pedissem, o problema é que agora ainda tentam vender pelo valor de novo estando completamente em estado de degradação, não medindo os preços de projectos para novas reconstruções, posso dizer que perguntei à pouco tempo o valor de uma casa completamente caída para fazer uma garagem e pediram 30. 000€ dizendo que estava bem localizada e que valia esse preço onde no qual somente cabem 2 veículos.
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