De acordo com o Decreto nº 7/2021, de 17/4, que regula o estado de emergência decretado pelo Presidente da República, o município de Barrancos, que tem o pior registo de incidência (DGS) cumulado a 14 dias, desde 10 de março, passa hoje ao nível 2 de abertura e/ou desconfinamento, passando a ser permitindo:
- A prática de modalidades desportivas de médio risco e de atividade física ao ar livre até seis pessoas;
- Atividades formativas em regime presencial.
Se o governo tivesse considerado
os dados divulgados pela DGS na passada sexta-feira, 16 de abril, sobre a
incidência da COVID 19 nos últimos 14 dias, Barrancos, e outros quatro municípios, não teria avançando para a fase que hoje começa. Teríamos recuado e acompanhado Moura, que hoje regressou “ao postigo”, com muita polémica e revolta da população!
No caso de Barrancos, os registos
de incidências cumulativa a 14 dias estão, desde a semana de 24 de março, muito acima da
linha vermelha traçada pelo governo para o desconfinamento (120 casos/100 mil
habitantes). Barrancos, que esteve a “zeros” entre 10 e 30 de março, registou
um aumento da incidência nestes últimos 20 dias, passando de 428 (sete casos) ativos em 6 de abril, para
551 (nove casos ativos), uma semana depois, dia 13!
Desde o anúncio governamental do “encerramento”
ou de “travão” no desconfinamento, que vários autarcas têm criticado as
fórmulas de cálculo, alegando que prejudicam os territórios com pouca população.
Contudo, apesar de concordar que pode haver aqui uma aparente descriminação - um caso positivo/10 km2 no Alentejo não será o mesmo que um caso positivo/1 km2 na região de Lisboa e Vale do Tejo, por exemplo - o indicador
usado pelo governo é proporcional. É verdade que, no caso de Barrancos, bastam
dois casos ativos para passar a linha vermelha dos 120 casos, sendo a taxa de
incidência uma forma de normalizar e comparar populações, com dimensões
diferentes, sem atender a área dos territórios.
Com base no último reporte periódico da CMB/SMPC, de 9 de abril, o município de Barrancos registou desde o inicio da pandemia 83 casos confirmados de infeção Sars-Cov-2/Covid19, dos quais 78 recuperaram. Há dois casos ativos, um no hospital e outro no domicilio, tendo a lamentar três óbitos. Numa análise mais fina dos dados, o eB recorda que, dos 83 casos confirmados, 70 foram diagnosticados em 2021, tendo os três óbitos ocorrido em janeiro (1) e fevereiro (2) deste ano.
último reporte Covid19 da CMB/SMPC |
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