Segundo o ministério do ambiente, citado pelo Expresso, o "programa captou sobretudo o interesse de proprietários dos distritos de Lisboa, Braga e Porto", mas “temos candidaturas avaliadas e elegíveis para pagamento em todos os distritos do país”. Esta afirmação é falaciosa e só parcialmente verdade. A obrigatoriedade de contratação de empresa certificada e acreditada pelo fundo, impediu que milhares de proprietários do interior se candidatassem ao programa. No Alentejo, por exemplo, só meia dúzia de empresas reuniam as condições para desenvolver os trabalhos, estando a mais próxima de Barrancos a mais de 200 km, em Elvas.
Lançado em setembro, o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis prometeu um ‘cheque’ até €15 mil para comparticipar em 70% o investimento feito por cada proprietário em equipamentos mais “verdes”. É o caso da instalação de portas, janelas, caldeiras, torneiras ou autoclismos mais eficientes, de isolamento térmico com materiais reciclados ou de painéis fotovoltaicos e outros equipamentos de produção de energia renovável para autoconsumo.
Em Barrancos, que o eB tenha conhecimento, ninguém terá conseguido "substituir portas, janelas, marquises ou torneiras, nem sequer um autoclismo", ao abrigo do programa, por inexistência de empresas certificadas na zona. Urge, pois, agilizar os critérios, permitindo que qualquer empresa do sector possa prestar o serviço da sua especialidade, facilitando assim os proprietários das zonas rurais e interior. Os proprietários de edifícios em Barrancos serão dos mais prejudicados.
Sem comentários:
Enviar um comentário