sexta-feira, 10 de maio de 2019

Mina de Urânio - um problema grave às portas de Barrancos

A concessão de licença para investigação e exploração de urânio na herdade de Cabra Alta,  que abrange terrenos dos municípios de Villanueva del Fresno, Zahínos, Oliva de la Frontera, Higuera de Vargas y Jerez de los Caballeros, onde dantes existia uma mina, está a provocar uma onda de indignação e de protesto daquelas populações.
O assunto foi tema de breve discussão na última assembleia municipal, que decorreu no passado dia 26 de abril. Naquela reunião, António Eloy, que interveio na qualidade de público, alertou o presidente da câmara municipal de Barrancos, Serranito Nunes, e o presidente da assembleia, Nelson Berjano,  para o gravíssimo problema ambiental e de saúde que esta exploração pode provocar às populações da zona, incluindo Barrancos, "apelando para a mobilização do empenho cívico".
No âmbito da sua intervenção e pedagogia, António Eloy, que entre outras atividades, assegura a coordenação do Observatório Ibérico de Energia, publicou ontem no jornal "Público", sob o título "um fantasma continua a percorrer a Ibéria", o artigo de denuncia que abaixo se republica:
Sobre a questão, as suas implicações, e protestos de ayuntamientos espanhóis e população em geral, pode ver aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui,
cartazes contra a exploração na fachada do Ayt de Zahinos
símbolos do protesto em vária localidades espanholas perto de Barrancos
(Fotos: A.Eloy, abril 2019)

5 comentários:

aeloy disse...

Obrigado Jacinto e pelo excelente blog.
Como referi é importantissimo que os orgão autarquicos de Barrancos (e também Mourão, que já contactámos, pelo menos) tomem posição, pelas nossas populações e em solidariedade com as vizinhas e seus munícipios.
Ofereci-me, com outros membros do movimento #Dehesa sin Uranio# para fazer uma sessão pública, onde poderemos mostrar um documentário (meia hora) "Uranio em Nisa Não", sobre essa luta e prestar todos os esclarecimentos.
e aqui:
http://www.dehesasinuranio.com

romcadur@gmail.com disse...

O mineral em questão, a ser extraído não traz problemas, o grande problema é o enriquecimento que pode matar populações, trazendo-lhe doenças mortais.
Neste contexto para enriquecer, é necessário extrair e o melhor nestes casos é deixar esse mineral onde está, porque há sempre mentes que desvirtuam os objectivos que podem ser bons inicialmente mas que são sempre terriveis quando desvirtuados.

aeloy disse...

Infelizmente a extracção de urânio libertam radão, um gaz radioactivo e altamente contamente, cancerigeno, As zonas que tem este mineral devem ser delimitadas e controladas. A mineração e esta será de superficie liberta também lixiviados radioactivos que irão contaminar os efluentes supeficiais e subterrâneos e aqui irão para o ALcarache afluente do Guadiana,
Todo o processo de mineração de urânio é altamente tóxico e mortal, basta ver a situação do ex-trabalhadores deste indústria.
A questão do uso do minério é outra.
Não se deve desvalorizar os efeitos nocivos e altamente tóxicos e perigosos desta hipotética mineração, que irá destruir a dehesa, o montado e a sua possibilidade de produção animal e vegetal.
António Eloy

Jacinto Saramago disse...

Obg António pelo esclarecimento.
Sabia que o Romão estava confundido,e estava à espera que alguém fizesse o esclarecimento.
Cpt.

aeloy disse...

Irei, em breve disponibilizar aqui, em português folhetos sobre esta situação, além de estar disponível para todos os esclarecimentos, minerar urânio não é nada comparável a qualquer outra actividade, além de estar disponível para qualquer sessão de esclarecimento, com exibição de audio-visuais.
Há falta de informação, que é o caso do Romão, e também gente ligada a esse sector que a espalha com objectivos de ganância (esta actividade está em crise e qualquer sinal de novas minerações dá-lhe alento), sem consideração pelo ambiente e as pessoas.
António Eloy