quarta-feira, 18 de março de 2020

COVID 19 - Alertados, preocupados, mas não contribuamos para histerismos

Por estes dias as redes sociais serão o espelho de uma comunidade?
O medo do COVID19, que é uma ameaça real, baralhou a mente de muito boa gente, que reclamam "fechem a fronteira", ou pedem aos familiares para não vir, “à santa terrinha contaminar-nos!" Não era bem assim o pedido, mas o propósito era o mesmo ou mais doloroso!

Entretanto o alarme está instalado. Os rumores transformam-se em “noticias”, falsas é claro, que vamos partilhando, sem o confirmar. Nestes dias, todos temos um amigo médico ou enfermeiro, ou ainda residente em Itália, e até na China, que nos aconselha! E muitos, acreditando, acrescentam mais um bago de pimenta e … pumba, partilham! Perante estas notícias recebidas nas redes sociais e wasapps, o melhor a fazer, antes de clicar e partilhar, é contar até 20…!

O mesmo sucede ao rumor de “há um suspeito em Barrancos”, e logo muitos perguntam, “quem é, quem é” ou “onde trabalha”, ou “por onde andou”!! Não há nenhuma confirmação da existência de suspeitos de COVID19 ou de infetado na comunidade barranquenha! E se houver, ou quando houver, porque não estamos numa redoma, não vale a pena alaridos, nem histerismos. O doente com sintomas, antes ou depois de confirmado, será medicamente assistido, e não fuzilado de imediato, como parece desejo de alguns.

Apesar de Barrancos, neste momento, estar sem médico ou com médico a tempo parcial, os protocolos locais sobre a pandemia COVID19 estão em vigor. A CMB possui um Plano de Contingência, desde a semana passada, complementado com um Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, que será imediatamente ativado em caso de confirmação de doente.

Em Barrancos, estão a trabalhar para a prevenção, contenção e proteção da população, a CMB, que nos representa, através dos seus agentes da proteção civil, com o apoio de outros serviços municipais, em articulação permanente com os bombeiros de Barrancos, o centro de saúde (apesar dos constrangimentos) e as autoridades policiais. 

Esperemos que este momento que estamos a viver seja um sonho, leve, não um pesadelo, e que, quando acordemos, amanhã, ou depois, continuemos a conversar com a família, os amigos ou os vizinhos, da mesma forma como ontem. Sem desconfiança. Esperemos.

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