quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Festas de Barrancos 2016 - a corrida do dia 31 (atualizado com vídeo)

Hoje, como é tradição, primeiro foi o touro, para o matador  David Martin, e a vaca para os toureiros locais e habitués.
A corrida começou muito depois da hora, o que já não admira, o que surpreendeu foi a demora na saída do touro. Primeiro, porque os dirigentes da Sociedade dos Ricos esqueceram de colocar antecipadamente o terceiro ferro na porta, e depois porque o touro estava aconchegado no encerro e.
não tinha vontade de sair. Foram cerca de 10 minutos de labuta, para ver o animal na arena!
Apesar da mansidão do bicho, que também aparentava dificuldades na visão do olho direito, os tércios, rápidos, correram bem a David Martin. Esteve bem nas banderilhas, com ovação e bem também na finalização, ainda que tivesse bis. Foi muito ovacionado, e só não levou rabo, para  não desfigurar o animal!
A vacada, ou melhor, a vaca, desiludiu. Não havia "toureiros", nem espontâneos, que ajudassem o público. A vaca esteve quase sempre à espera, no centro da arena. Mesmo sem visita à sociedade dos Ricos, houve vaca até às 20h30, quando já os tabuados começavam a ficar desabitados. Mesmo cansados, muitos resistiam e, com toda a certeza, lá estarão amanhã para a "vacada da nova comissão", a partir das 6 da tarde.
O touro
a vaca
Fotos:eB, 31-08-2016) - Ver aqui a reportagem da corrida

3 comentários:

Anónimo disse...

Está terminada mais uma Fêra, felizmente sem ocorrências relevantes a registar, tudo decorreu dentro do habitual e como era esperado.
E que bonita imagem de Barrancos levam os forasteiros, os Barranquenhos e seus descendentes ao regressarem aos seus locais de residência habituais, quer seja dentro ou fora do País.
Mas não se enganem Barrancos não é assim o ano inteiro! Barrancos não é tão “bonito”e “bem disposto” como vocês o encontram quando por cá passam fazer uma visita na Fêra, na ExpoBarrancos ou dois ou três dias pelo Natal!Em Barrancos há problemas ,e grandes, de difícil solução. Sim não é fácil viver em Barrancos 365 dias por ano! Não é fácil viver no fim da linha, onde o custo de vida é caro, onde a assistência médica não é a suficiente e que para ter uma consulta de especialidade , um internamento hospitalar ou simplesmente fazer um exame de diagnóstico (principalmente se for de imagiologia) temos que recorrer no mínimo 100 Kilómetros, e como se isso ainda não basta-se temos que os recorrer por estradas de muito pouca qualidade. Não é fácil viver num sitio onde cada vez mais escasseia o trabalho e onde já há muitas pessoas sem receber qualquer rendimento desde há cerca de um ano ou mais. A C.M.B tenta na medida do possivel atenuar o problema com medidas de emergência mas que são claramente insuficientes , pois alem de não conseguir comtemplar a todos quantos se encontram em situação precária , são por tempo bastante limitado. E depois…??? Não é fácil viver no fio da navalha sem nunca saber se no final do mês receberemos algo ou não, sem nunca poder fazer planos duque quer que seja, sem poder ter aspirações ou construir uma vida.
De vez em quando temos noticias do IEFP a dizer que o número de desempregados baixou, nada mais longe da realidade o que realmente acontece é que pessoas que beneficiavam de algum apoio social, chegam ao fim do mesmo e ficam sem qualquer fonte de rendimento, mas deixam de fazer parte das estatísticas como sendo desempregados. Estes são só alguns exemplos de problemas, há mais… muitos mais, mas é preciso viver cá o ano inteiro para os conhecer e sentir na pele.
Sinceramente não vejo um futuro risonho para Barrancos, visto sermos um número insignificante de eleitores, não temos qualquer peso nem sequer somos tidos em conta na hora do reparto do orçamento de estado dos sucessivos governos, e assim vamos subsistindo totalmente botados ao abandono e ao esquecimento por parte do poder politico central. Teremos todos que seguir o caminho da migração e abandonar o povo. Sinceramente não sei para onde…, mas teremos que sair daqui sob pena de morrermos a fome e ver como os bancos nos ficam com as casas ou outros bens para os quais nos concederam crédito. Sem ter trabalho ou outra fonte de rendimento qualquer é impossível subsistir por muito tempo. E se assim continuar Barrancos acabará por definhar até “morrer” de uma vez por todas, e ai sim todos lembraremos com saudades aqueles tempos que se passavam com tanta alegria os dias de Fêra, de Expo ou dois ou três dias pelo Natal.
E nessa altura longe irão os tempos onde está frase ainda fazia sentido “Um Barranquenho saúda-vos VIVA BARRANCOS!!!!”
Um Barranquenho.

Anónimo disse...

Obrigada Jacinto, mais um ano, pelas reportagens e imagens da "fêra" que vieram relembrar tempos passados, que nunca se esquecem.
Abraço
laura sequeira

Maria Agostinha disse...

Ola Jacinto
Obrigado pela reportagem da feira sempre com muintas saudades
E coragem para todos os Barranquenhos
Um grande abraço para todo