quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Ir à farmácia aviar a receita e não ter o medicamento

Provavelmente já passou por esta situação em Barrancos. Uma ou várias vezes. Ou então, para não interromper o tratamento, na falta do medicamento mais barato teve de levar o medicamento mais caro. Mas não pense que é um exclusivo da farmácia local. Nem sequer da sua responsabilidade. 
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No caso de Barrancos, que também regista dificuldades no abastecimento, o problema da falta de medicamentos vai sendo atenuado com os pedidos a mais que um fornecedor/laboratório, que permite duas entregas diárias: manhãs e tardes.
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De acordo com a diretora técnica (DT) da farmácia Barranquense, Célia Sofia Boavida, ouvida pelo eB, fazemos todas as diligências para ultrapassar as dificuldades que diariamente se colocam para que não tenham impacto negativo na saúde dos doentes.” Para a DT da farmácia local, a “preocupação principal da farmácia de Barrancos é a melhoria da saúde dos seus doentes/utentes, para isso estamos sempre disponíveis com a porta aberta, com um sorriso e com uma palavra atenciosa, mesmo quando as dificuldades nos empurrariam para o esmorecimento”. As farmácias não podem ter stock em grandes quantidades. Os preços variam cada três meses e em cada alteração os produtos têm que ser escoados num curto prazo, com prejuízo insustentável para a as farmácias.
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No entender da Drª Célia, que desde maio último é vogal do Conselho Fiscal da ANF, “estes cortes cegos na área da saúde afectam sobretudo o ambulatório", sendo 'paliativos' para compensar o descontrolo orçamental da área hospitalar. Ou seja, sacrifica-se uma área económica, a farmácia comunitária/privada, para 'tapar' o buraco das contas hospitalares/públicas".
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Esta questão é complexa e de difícil explicação aos doentes ou utentes das farmácias. Culpa da “austeridade”, imposição da troika (?!), mas diretamente relacionada com outros fatores: a política de fixação de preço do medicamento (que não estabiliza); a guerra de preços entre laboratórios; a exportação de medicamentos, por vezes em situação que roça a ilegalidade; a resistência/combate aos genéricos por parte das grandes farmacêuticas,   etc; etc... 
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Enfim, um problema para durar (e acompanhar).
Fotomontagem, notícia do jornal Expresso, 14-12-2013

1 comentário:

Anónimo disse...

Jacinto, esta é como a das azinheiras! Não há cura à vista!!!
Cumprimentos e boas festas.