Provavelmente já
passou por esta situação em Barrancos. Uma ou várias vezes. Ou então, para
não interromper o tratamento, na falta do medicamento mais barato teve de levar
o medicamento mais caro. Mas não pense que é um exclusivo da farmácia local. Nem
sequer da sua responsabilidade.
Segundo a Associação Nacional de Farmácias (ANF), citada na notícia do Expresso de 15/12/2013, abaixo indicada,
"esta é uma realidade com que os portugueses passaram a viver e que nãodeverá mudar nos próximos tempos".
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No caso de Barrancos, que
também regista dificuldades no abastecimento, o problema da falta de
medicamentos vai sendo atenuado com os pedidos a mais que um fornecedor/laboratório, que permite duas entregas diárias: manhãs e tardes.
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De acordo com a diretora
técnica (DT) da farmácia Barranquense, Célia Sofia Boavida, ouvida pelo eB, “fazemos todas as diligências para ultrapassar as dificuldades que
diariamente se colocam para que não tenham impacto negativo na saúde dos
doentes.” Para a DT da farmácia local, a “preocupação principal da farmácia de Barrancos é a melhoria da saúde
dos seus doentes/utentes, para isso estamos sempre disponíveis com a porta
aberta, com um sorriso e com uma palavra atenciosa, mesmo quando as
dificuldades nos empurrariam para o esmorecimento”. As farmácias não podem ter stock em grandes quantidades. Os preços variam cada três meses e em
cada alteração os produtos têm que ser escoados num curto prazo, com prejuízo insustentável para a as farmácias.
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No entender da Drª Célia, que desde maio último é vogal do Conselho Fiscal da ANF, “estes cortes cegos na área da saúde afectam sobretudo o ambulatório", sendo 'paliativos' para compensar o descontrolo orçamental
da área hospitalar. Ou seja, sacrifica-se uma área económica, a farmácia comunitária/privada,
para 'tapar' o buraco das contas hospitalares/públicas".
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Esta questão é complexa e de difícil explicação aos doentes ou utentes das farmácias. Culpa da “austeridade”, imposição da troika (?!), mas diretamente relacionada
com outros fatores: a política de fixação de preço do medicamento
(que não estabiliza); a guerra de preços entre laboratórios; a exportação de medicamentos,
por vezes em situação que roça a ilegalidade; a resistência/combate aos genéricos por parte das grandes farmacêuticas, etc; etc...
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Enfim, um problema para durar (e acompanhar).
Fotomontagem, notícia do jornal Expresso, 14-12-2013 |
1 comentário:
Jacinto, esta é como a das azinheiras! Não há cura à vista!!!
Cumprimentos e boas festas.
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