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quinta-feira, 17 de julho de 2025

II Congresso Internacional do Barranquenho terminou ontem com a entrega da Convenção Ortográfica à Câmara de Barrancos

O II Congresso Internacional do Barranquenho, que decorreu no Centro Interpretativo do Barranquenho(CIBa), nos dias 15 e 16 de julho, terminou com a entrega ao presidente da câmara municipal de Barrancos, Leonel Rodrigues, dos três documentos estruturantes para a língua barranquenha -  os projetos de Convenção Ortográfica, de Dicionário e de Gramática Básica da Língua Barranquenha.

Os documentos, que foram sendo elaborados pela equipa científica do projeto ao longo de dezenas de reuniões, formais ou informais, com a participação da comunidade local, deverão agora ser submetidos a apreciação pública para divulgação e recolha de contributos. De acordo com a equipa científica, a convenção, que codifica as regras que governam a escrita de uma língua, estabelecendo como as palavras devem ser grafadas para garantir a uniformidade e a compreensão entre os falantes, é um documento dinâmico que provavelmente suscitará dúvidas que serão sempre atendíveis, mas que urge promover e concluir para salvaguarda e proteção da língua barranquenha. O barranquenho, como sabemos, é uma língua de tradição oral, e a sua codificação poderá ser polémica porque envolve sentimentos e mexe com sensibilidades pessoais, que deverão ser atendíveis e explicadas. 

Para a continuidade e preservação da Língua, foram analisados e propostos diversos instrumentos e ferramentas, sendo que a sua "entrada" na escola, a exemplo do que sucedeu com o mirandês, e até com o minderico, constitui uma prioridade das entidades locais com competências na área, o Município e o agrupamento escolar. A importância da criação de uma  associação da Língua e Cultura Barranquenha, liderada ou participada pelo Município, para defesa do património cultural, nas suas dimensões materiais e imateriais, regulada pelo artigo 10.º da Lei nº 107/2001, de 8/9,  também mereceu destaques e recomendações, podendo ou não incluir "conselhos científicos".

Durante os dois dias do congresso, passaram pelo CIBa dezenas de investigadores, especialistas e académicos, convidados pela equipa cientifica, que aqui apresentaram e discutiram os seus estudos sobre a importancia e o estado da língua da comunidade Barranquenha. Entre os especialistas, Maria Vitória Navas, da Universidade Complutense de Madrid, Filomena Gonçalves e Vitor Correia, da Universidade de Évora; Ana Paula Amendoeira, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (ex-diretora regional de Cultura); Xosé Afonso Alvares, da Univerdidad de Alcalá (projeto Frontespo), Filipe Themudo Barata,  aposentado da Universidade de Évora, antigo titular da Cátedra UNESCO; Alcides Meirinho, da Associacion de Lhengua i Cultura Mirandesa; Alberto Gomes Bautista, da Universidade de Aveiro, Frontespo; Ignácio Lopes Abesturi, da Univeridad de Granada; Cláudia Elena Menendez, da Universidad de Oviedo; Jose Enrique Gargallo Gil, da Universidad de Barcelona; e Vera Ferreira, CIDLES, Frontespo.

O congresso, uma organização conjunta da CMB/UEvora, que foi coordenado a nível municipal pela vice-presidente da CMB, Cláudia Costa, contou com o apoio técnico e logístico da equipa da UASC/Museu, composta por Lídia Segão, arqueóloga; Antónia Oliveira, técnica de conservação e restauro; e Ana Ramos, auxiliar, integrada em projeto sociocultural, às quais aqui agradeço publicamente a sua labuta, dedicação e profissionalismo, divulgando este público louvor merecido.

(Para mais informação e fotos sobre o congresso, consultar as redes sociais, com destaque para CMB;  Domingas Segão; e Jacinto Saramago)

momentos do congresso
local do congresso (CIBa)
Fotos: eB, 15 e 16/07/2025)

segunda-feira, 3 de maio de 2021

"O Barranquenho como língua de contacto no contexto românico" - disponível desde 23 de abril

Está já disponível, desde o passado dia 23 de abril, o livro "O Barranquenho como língua de contacto no contexto românico", coordenado pelas professoras e investigadoras Maria Filomena Goncalves e Maria Vitória Navas, editado pela Edições Colibri, Lisboa.

A publicação deste livro vai ao encontro das recomendações do I Congresso Internacional sobre o Barranquenho, promovido pelo Município de Barrancos, com o apoio da Cátedra em Património Imaterial da UNESCO, com sede na Universidade de Évora/CIDEHUS-EU/FCT, em 2 de junho de 2017.

Entretanto, recorde-se, que estão em processo legislativo na Assembleia da República dois projetos de Lei, um do grupo parlamentar do PS e outro do grupo parlamentar do PCP, que têm como objetivo o "reconhecimento, proteção e valorização da língua Barranquenha".
inclui as intervenções/conferências dos especialistas e investigadores que participaram no congresso
capa

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

O Barranquenho quer ser a 3ª língua oficial de Portugal

O Município de Barrancos pretende que o Barranquenho "venha a ser considerado língua oficial de Portugal, a exemplo do Português e do Mirandês", aprofundando o projeto que esteve subjacente à decisão da sua classificação como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal em 2008. A proposta esteve também em debate no I Congresso Internacional sobre o Barranquenho, realizado a 2 de junho de 2017.
Segundo Maria Victoria Navas, uma das principais investigadoras do barranquennho, o projeto, para já com um horizonte de três anos, "vai começar agora, por "formar pessoas da terra que saibam gravar, recolher e arquivar aspetos relativos ao modo de vida de Barrancos, como a culinária, as tradições da matança do porco, as festas de casamento, o património literário e oral, os contos, anedotas, refrões".
Para o presidente da câmara de Barrancos, J. Serranito Nunes, ouvido pelo Sul Informação, "o barranquenho ainda hoje é uma língua viva e praticada por milhares de pessoas, apesar de cada vez sermos menos. Mas tem todas as condições para ser reconhecido como uma língua minoritária em Portugal", contando com protocolos de cooperação entre o Município, a Universidade de Évora e o Centro de Linguística da Universidade de Lisboa.
A linguista Maria Victoria Navas
(Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação)

terça-feira, 27 de junho de 2017

Recomendações pós-Congresso Internacional sobre o Barranquenho : ponte entre línguas e culturas, passado, presente e futuro

Finalizado que foi o Congresso Internacional sobre o Barranquenho (realizado a 2 de junho de 2017), cremos que foram superadas as expetativas da organização. É nossa intenção continuar a trabalhar juntos com especialistas da Língua para podermos chegar a um público mais alargado por forma a informar e motivar a comunidade barranquenha. 
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Em conjunto com a organização e o apoio da Cátedra em Património Imaterial da UNESCO, com sede na Universidade de Évora/CIDEHUS-EU/FCT, iremos dar os seguintes passos:
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1 -  Efetuar a publicação dos textos dos participantes no Congresso em forma de livro.
2 - É nossa intenção a curto prazo, uma reunião com todas as instituições envolvidas no Congresso (Direção Regional da Cultura do Alentejo, Universidade de Évora/CIDEHUS-UÉ/FCT e Cátedra de Património Imaterial da UNESCO, Universidade Cumpletense de Madrid, Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, CIDLes, FRONTESPO), no sentido de elaborar/celebrar um protocolo por forma a existir uma coordenação das atividades, evitando assim as sobreposições.
3 - Preparar a candidatura para incluir o barranquenho na “Matriz de Património Cultural Imaterial”.
4 - Dinamizar, no âmbito da comunidade local, eventualmente com apoio científico, a recolha de elementos e/ou documentos sobre a língua, para implementação do “Arquivo Local”, para que fique o registo/memória do barranquenho no seu uso diário.
5 -  Institucionalização a curto prazo, segundo modelo organizativo a estudar de uma comissão para “tutelar” tudo quanto se refira à Língua e Cultura Barranquenha.
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Queremos felicitar organização (Profª Doutora, María Victoria Navas Sánchez-Élez (Universidad Complutense de Madrid e Centro de Linguística da Universidade de Lisboa), Prof.ª Doutora, Maria Filomena Gonçalves (Universidade de Évora e CIDEHUS-UÉ/FCT), Dr.º Victor Correia (Universidade de Évora/CIDEHUS-UÉ/FCT) e Unidade da Ação Sociocultural da Câmara Municipal de Barrancos pelo trabalho efetuado, e que conduziu ao estrondoso êxito que foi o Congresso, motivação que nos leva a prosseguir na valorização do nosso Património Linguístico.
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Nota
Recomendações retiradas do site da CMB em 20/06/2017
Painel de abertura do congresso, com Mª Vitória Navas, António Tereno,
Ana Paula Amendoeira e Themudo Barata
(Foto: HC, 02-06-2017)

sexta-feira, 2 de junho de 2017

O congresso sobre o Barranquenho decorreu hoje... todo o dia

Em baixo, sem qualquer moderação, fica o registo cronológico tal como foi sendo publicado por este escriba no facebook, ao longo da conferência (9h30/19h30):
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9h35 - Começa o congresso Internacional sobre o Barranquenho, com a apresentação de Isabel Sabino, vereadora da CMB
9h40 - Sessão de abertura:
António Tereno, presidente CMB.
Ana Paula Amendoeira, Delegada Regional de Cultura do Alentejo. 
Filipe Themudo Barata, Cátedra UNESCO, Universidade Évora. 
Maria Vitória Navas, Universidade Complutense de Madrid e Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (CLUL).
apresentação - Isabel Sabino
mesa da abertura
10h20 - Começa a 1ª conferência : A língua barranquenha hoje, de Maria Vitória Navas.

Vitória Navas e Isabel Sabino
11h00 - Começa sessão 2ª conferência: Estado do conhecimento sobre a língua e cultura barranquenhas, presidida por Vera Ferreira - Centro Interdisciplinar de Documentação Linguística e Social (CIDLS).
Conferencistas: 
Fernando Brissos, Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (CLUL).
Patrícia Amaral, Indiana University,EUA;
Vitor Correia, Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades (CIDEHUS/da U.Évora);
Beatriz Quijada, Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades (CIDEHUS/da U.Évora);
conferencistas
12h40-14h30 - Pausa para almoço
14h45: Começa a terceira sessão
Mesa redonda, Os Barranquenhos e a sua consciência linguística, presidida por Ana Paula Banza, Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades (CIDEHUS/da U.Évora);
com a participação de 
Ana Isabel Cruz, prof 1º/2º ciclo da EBI de Barrancos;
Maria Celeste de Sousa, prof 1º ciclo, aposentada.
Purificação Almeida, prof. 2º ciclo da EBI de Barrancos
Amália Gonçalves, eng civil e prof. ens. secundário ES Miguel Torga, Sintra, em representação do Núcleo dos Amigos do Concelho de Barrancos.
conferencistas
Surpresa: Três alunas da prof Ana Isabel (Maria Rubio, Margarida Gaspar e Cármen Nunes) foram falar das suas experiências do Dia da Criança e contar uma história. Tudo em Barranquenho.

três meninas juntamente com a mesa/conferencistas
15h50: Começa o painel 4: Exemplos de línguas não oficiais e oficiais em Portugal, presidida por Patrícia Amaral
Conferencistas:
José António Gonzales, Campo Arqueológico de Mértola;
Alberto Gomez Bautista, Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa;
Vera Ferreira, Centro Interdisciplinar de Documentação Linguística e Social (CIDLS).
conferencistas do painel 4

Pausa para café: 16h50/17h15

17h20 - Começa a quinta e última conferência - O Barranquenho, património imaterial, presidido por Fernando Brissos,
Conferencistas:
Themudo Barata, UEvora, Cátedra UNESCO. 
Manuel Célio Conceição, U. Algarve.
Maria Filomena Gonçalves, UEvora (CIDEHUS)
conferencistas
18h30 - Sessão de encerramento com Isabel Sabino (CMB) e Filomena Gonçalves (UEvora)
encerramento e balanço
18h50 - Momento musical: grupo coral feminino "Vozes de Barrancos"

grupo coral
19h05 - E para fechar, João Gomes, com o seu repertório de dança flamenca (tradicional e reinventada)
João Gomes
E aqui, em baixo, os principais responsáveis deste sucesso:
Vitória Navas, Vitor Correia e Filomena Gonçalves, comissão científica do congresso
(Fotos: eB, 02-06-2017)
Nota1 (em barranquenho, no meu barranquenho):
Quando possa tentarê completáh a nutícia sobre o congréssú que, como todus dizião lá abáxo, na porta do cinetiatro, "baleu a pena",  foi "muinto bom ter bindo" ou "nunca pensê que hobésse tanta genti eh'tudando o barranquenhú" ô, ainda, "que hobésse tantús eh'tudus e trabálhus científicú'hs sobre a barranquenhú".
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Nota2 (em português)
Confirmo que foi mesmo um sucesso. Excelentes intervenções/conferencistas. 
Notaram-se algumas ausências, em especial da comunidade escolar, sobretudo aquela em quem se deposita a esperança da manutenção do barranquenho (alunos) - talvez devido a proximidade de testes/exames.

Barrancos reúne hoje especialistas e investigadores internacionais para debater o Barranquenho

O Congresso tem como objetivos reunir alguns dos maiores especialistas e investigadores em línguas/variedades mistas, em especial sobre o Barranquenho, no sentido de preservar e promover tão valioso património imaterial, em conformidade com as recomendações da UNESCO. 
Serão também debatidas novas contribuições sobre o Barranquenho e a sua caraterização (socio) linguística, tradições orais, etc, pretendendo-se que este Congresso sirva de veículo potencializador de medidas de política linguística, entre elas a classificação do Barranquenho como Património Nacional e, futuramente, como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
O Barranquenho já foi classificado como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal, enquanto variedade falada pelo Povo de Barrancos desde tempos imemoriais (cf. Deliberação nº 12/AM/2008, de 24 de junho) 

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Conterrânios - não sê se sabem mahs amanhã é dia importante bamus bê como eshtá o barranquenho

Cárush leitôris e bisitantish do "estado de Barrancos", é com muinto gôstu e alegria que recordo que coméssa amanhã cedu, àhs nóbi e meia (9h30), no cinetiatro de Barrancos, o congresso internacional sobre o barranquenho, que reúne mái de uma dúzia de inbeshtigadoris e êhpecialishta em línguihstica, de Purtugal, de Eshpanha e dus Hehstadus Unidos. De Barrancos, também haberá comunicaçõn-is.
A não perder. Já há máish de setenta pessoash apontádah.
(Imagem: Conbite à população do presidente da câmara)

terça-feira, 2 de maio de 2017

Barrancos reúne especialistas mundiais para discutir a sua língua - o barranquenho (a 2 de junho)

O Programa e cartaz do Congresso Internacional
 "O barranquenho: ponte entre línguas e culturas, passado, presente e futuro
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A participação é livre, limitada à capacidade do auditório, sugerindo-se a inscrição para o endereço cmb.museu@cm-barrancos.pt .