segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

"Casa Mortuária de Barrancos" - como estão as obras? (parte III)

As obras, começadas em fevereiro de 2021, continuam a decorrer. 

Sabe-se agora, pela informação do novo presidente da CMB, Leonel Rodrigues, prestada na segunda reunião do executivo deste mandato, realizada a 12 de novembro, que “a obra é composta por três fases, sendo que apenas duas estão em execução”.

Na mesma reunião, foi aprovada a prorrogação do prazo legal da empreitada, por mais 140 dias. Com esta prorrogação, se não houver mais derrapagem nos prazos, a obra deve estar concluída em março de 2022! Um ano depois de ter começado.

Recorde-se que o contrato de execução da "empreitada de construção da casa mortuária de Barrancos e requalificação da área envolvente", foi celebrado em 09/02/2021 com a empresa "Gonçalves - Joaquim Manuel Janeiro", com sede em Portel, pelo montante de 475 590,20 euros, sem IVA, tendo um prazo de execução de 240 dias (oito meses).

Quatro meses depois, a CMB adjudicou à mesma empresa, por ajuste direto, pelo preço de 150 mil euros, os "trabalhos complementares, incluindo aterros dos muros e as escavações em rocha", que não estariam previstas na empreitada inicial.

Se não houvesse mais nenhuma alteração, a Casa Mortuária de Barrancos, adjudicada inicialmente por 475 mil euros, teria um custo de 607 mil euros (mais IVA), com a inclusão dos "trabalhos complementares". Mas, como referido, a "a obra é composta por três fases, sendo que apenas duas delas estão em execução". E esta 3ª fase terá provavelmente custos!

(informação à CMB - ata de 12/11/2021)

(Informação do presidente da CMB)
(Deliberação nº 148/CM/2021, de 12/11)
(Extratos da ata nº 23/2021, - reunião de 12 de novembro de 2021)
captura de imagem do vídeo "Casa Mortuária"
(Foto: CMB, 17-12-2021)

5 comentários:

Anónimo disse...

Resumindo, falta pouco, muito pouco para o milhão de euros mas os entendidos diziam que não...

Jacinto Saramago disse...

Falta pouco, mas é para conhecer o desastre de obra. E sim, deve chegar não ao milhão, mas aos 1,2 milhões! Aproveitam-na para biblioteca, mas antes sigam a recomendação de especialistas na matéria: façam um referendo ou, melhor, "consultem a população"!!!😅

Anónimo disse...

Sempre defendi que a população deveria ter sido ouvida em consulta pública para escolha do sítio e continuo com a mesma opinião. Não sei se estás sendo irónico e acrescento que o excesso, que é muito,serviria para ajudar as muitas famílias que agora ficam sem sustento.

Jacinto Saramago disse...

A/o anónimo/a das 18h52:
Estava a brincar, com o trocadilho de assunto falado na reunião da assembleia municipal.
No caso em apreço, e apesar de considerar o referendo como um instrumento democrático, acho que a CMB tinha (tal como continua a ter) toda a legitimidade para a construção de uma casa mortuária! Ja a forma deste processo é mais discutível. Muito discutível, dado o custo financeiro envolvido que so agora começamos a conhecer.
Cpts

Anónimo disse...

Sem dúvidas, claro que tem toda a legitimidade e assim o demonstrou, simplesmente, acho, que sendo um tema de extrema importância e que diz respeito a população toda, que a mesma deveria ter sido ouvida na escolha do local.
Cptos.