A tradição de "levar lenha à praça para aquecer o Menino Jesus", entre 8 e 24 de dezembro, desapareceu. Dantes, grupos de jovens e também de adultos, concorriam para ver quem trazia mais lenha à praça! Agora, desde há pelo menos três décadas, sendo generoso, quem traz a "lenha à praça" são os tratores do Município.
Numa tentativa desesperada de manter e recuperar a tradição, a escola, com o apoio do Município, convoca anualmente as crianças nos últimos dias de aulas, antes das férias de Natal, para levar a lenha à praça, ao som das cantigas tadicionais:
Ramita de laurel
Ae, ae, ae,
Ramita de laurel
Ae, ae, ae,
Ramita de laurel
Por causa de la leña
Me llevan al cuartel
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Debajo de la cama
Del señor cura
Debajo de la cama
Del señor cura
Se crían jaramagos,
como lechugas (bis)
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(a lenha da praça, na manhã do dia 20 de dezembro, já depois da terceira "carrada" da CMB) |
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(a lenha da praça, na manhã do dia 18 de dezembro, já depois da segunda "carrada" da CMB e da JFB) |
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(a lenha da praça, na manhã do dia 17 de dezembro, já depois da primeira "carrada" da CMB) |
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(a lenha da praça, na manhã do dia 16 de dezembro) |
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(a lenha da praça, na manhã do dia 13 de dezembro) |
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(a lenha da praça, na manhã do dia 12 de dezembro) |
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(a lenha da praça, na manhã do dia 10 de dezembro) |
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(a lenha da praça, na manhã do dia 9 de dezembro) (Fotos: eB, 9/17-12-2019) |
2 comentários:
Isto de tradições acabarem deverá ser explicado por sociólogos ou antropologos ou sei lá alguém que saiba da poda. Mas, o que se pode ver enquanto temos olhos é que sempre que as classes dirigente querem sobrepor-se âs tradições por acharem que com isso as favorecem, acontece isto, acabam com os usos e costumes do povo. Aconteceu quando a nossa câmara começou há alguns anos a substituir-se aos jovens a pensar que eles não trariam lenha à praça, acontece também quando se dá subsídios as pessoas(algumas) para elas não trabalharem, acaba, por se habituarem a nada fazer e ai se cria o habito que é o contrário das tradições. Um povo é o que em memória colectiva vai criando e construindo naquilo que se revê e que lhe dá prazer.
Há que deixar as pessoas terem iniciativa e não cortar repentinamente com os usos e costumes. Estes não se fazem por decreto.
O estado tb deveria cortar os subsidios aos proprietarios das terras que nada produzem! para ver quantos tem iniciativa...
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