quinta-feira, 20 de junho de 2019

Manifestação contra a mina de urânio - esta tarde em Oliva de la Frontera

"Sim à vida. Não à mina"! Este era o alerta que ecoava entre os milhares de manifestantes que esta tarde estiveram em Oliva de la Frontera, conforme imagens abaixo:
manifestação em Oliva de la Frontera
(Fotos: Cortesia "Dehesa sin uranio", 20-06-2019)
Manifesto lido em Oliva de la Frontera

6 comentários:

romcadur@gmail.com disse...

Alguém me explica, porque este movimento que tem uma grande percentagem de aderentes de pessoas residentes, se dá no país vizinho que já tem centrais nucleares há dezenas de anos e no nosso país parece coisa pacifica, que não é? Temos de ter consciência de que estas minas tem uma necessidade de água em grandes quantidade e essas águas vem para o nosso terreno para além de toda a poluição subjacente, Já houve muitos anos e ainda há extracção de uranio no nosso país, pois sabemos que a ditadura foi grande fornecedora ao também ditador Hitler e que nessas zonas continuam as observações mas, não há estes movimentos de pessoas. PORQUE????????

aeloy disse...

Não, não há exploração de urânio no nosso país desde o final dos anos 80 do século passado, na Urgeiriça, onde ainda hoje se morre de leucemias e cancers e onde a população toda de Canas de Senhorim está debaixo de um estatuto de vigilância sanitária permanente.
Houve até ao inicio de século actual a tentativa de minerar urânio em Nisa, mas dada a oposição massiva da população, o apoio dos ex mineiros da Urgeiriça, o envolvimento de algumas pessoas que agora também estão a ter algum papel nesta luta, e não o esqueçamos a viragem da Câmara Municipal onde a um Presidente pró-urânio sucedeu, com o nosso apoio uma anti-urânio esse é hoje passado.
No nosso país só, de facto, algumas pessoas se têm movimentado, mas todos os presidentes, e desde logo os munícupios da zona do grande lago já manifestaram a sua oposição e o facto das autoridades do Estado, a Assembleia da Republica ter recebido uma delegação, como aqui o Estado de Barrancos divulgou, e ter mostrado solidariedade e prometido acção é suficiente.
Infelizmente em Barrancos não há qualquer envolvimento além da manifestação dos nossos eleitos, ainda ontem tive a explicar a meia duzia de pessoas a situação e todas elas se mostraram preocupadas.
E há como vemos em mais este comentário muitas mentiras e falsidades, certamente com total inocência.
E não nunca houve fornecimento de urânio a Hitler, nesse tempo ainda não lhe era dado uso. Mas a outros ditadores bem mais próximos sim.
Estou disponível, como já o disse e os companheiros da "Dehesa sin Uranio" a esclarecer todas as questões deste processo.
Saudações
António Eloy
Nota no meu blog outras informações, e desde já, novamente, em nome da plataforma um grande obrigado ao Jacinto

Jacinto Saramago disse...

Obg António
Para além da informação sobre o grave problema que seria a mina, há que utilizar as redes sociais para fazer pedagogia. Este o meu pequeno contributo.
Abc.

romcadur@gmail.com disse...

Não sou e nunca fui pessoa de entrar em questões aqui, mas, o que leio sei que leio e na questão que afirmo da ditadura em portugal ter fornecido ao regime nazi, confirmo. não responderei a mais questões. forma de querermos saber tudo e de tudo leva-nos por vezes a não sabermos nada.

Jacinto Saramago disse...

Romão, são importantes os seus comentários pela infor mação que acrescentam e pelas questões suscitam. Vejo-o preocupado com o problema da mina de urânio. Mais houvesse e teríamos tido uma representação numerosa em Oliva. Abç .
..
Antonio (Eloy), são também importantes os seus comentários, porque, partindo de quem conhece cientificamente do tema, esclarece e complementa a notícia do blogue.
Abç.

aeloy disse...

Há mais marés que marinheiros....
“Pesquisadores nucleares europeus disseram que as misteriosas porções de urânio encontradas ano passado em um ferro-velho holandês originaram-se do programa alemão de armas atômicas na década de 1940.

Cientistas da Comissão Europeia do Centro de Pesquisa Conjunta (JRC) traçaram a origem de dois pedaços de metal – descritos como um cubo e uma chapa. Aparentemente, ambos vieram do mesmo local, a mina “Joachimsthal”, hoje na República Tcheca. Contudo, as peças pertencem a lotes diferentes.”

E
“O progresso dos alemães era quase totalmente desconhecido pelos Aliados,. Em particular, os planos alemães de adquirir grandes quantidades de água pesada da Noruega”
Citações cientificas. Os nazis tinham urânio ao pé de casa!

Não há, sublinho, não há, não existem quaisquer registos de venda de urânio nacional (que era propriedade da Companhia portuguesa de Radium,Lda (que era de facto inglesa!) aos nazis, como aliás aos aliados só o foi depois do fim da II guerra e usado no Pacífico.
O assunto não deve motivar polémicas inúteis. Penso que o Romão está a confundi-lo com volfrâmio, que esse sim vendemos ao Hitler, mas é uma fake inocente.
A verdade é como o azeite.
António Eloy