sexta-feira, 16 de setembro de 2022

É necessário "olhar" para as redes de distribuição de água, que têm "50 anos, ou até 70 ou mais nalgumas localidades"!

Nada que não soubesse qualquer cliente de água, por exemplo de Barrancos! Mas, dito pelo vice-presidente da CCDR Alentejo, Aníbal Costa, tem outro peso: (...) As entidades públicas têm também que se entender no que à aposta na melhoria das envelhecidas redes de distribuição de águas, diz respeito. Não é aceitável que continuemos a perder 30, 40 ou mesmo 50% da água por via de um muito deficiente estado de instalações de distribuição de água (que na maior parte dos casos têm quase 50 anos e noutras localidades de maior dimensão 70 ou mais!). Deverá existir uma aposta (que terá que ser financiada por várias formas) neste domínio, o quanto antes. (...)

A dúvida está em saber quem paga, e quando começa a obra, porque Portugal está com uma década de atraso. No caso de Barrancos, o PERU/PARU, iniciado em 2016, já contempla remodelações de condutas distribuidoras ao mesmo tempo que promove a regeneração urbana. Mas não parece que seja suficiente.

Deve aqui, neste processo, tal como sugerido pelo dirigente da CCDR Alentejo, ser criado, urgentemente, um  programa financeiro de âmbito nacional destinado à substituição  (remodelação) dos sistemas de redes de distribuição domiciliária de água, com a consequente redução de perdas. 

As perdas, são outro problema que poucos Municípios monitorizam, que nalguns sistemas de distribuição chegam a ser superior a 50%, segundo a entidade reguladora (ERSAR). Ou seja, nestes casos, um Município/Entidade Gestora compra 10 m3 de água, mas não consegue faturar mais de cinco m3! Os outros cinco, ficam perdidos na rede, com custos para os contribuintes!

obras - sistema de abastecimento de água e saneamento básico de Barrancos
Pormenor dos ramais domiciliários na R Dr. Higino de Sousa, Barrancos, 1980/1981)
(Foto: Arquivo eB

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