Que produtos barranquenhos ou produzidos
por cá poderíamos embarcar na Arca do Gosto, para preservar e continuar a provar daqui a uns
anos?
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O queijo de cabra, que compramos às
escondidas, como se o vendedor fosse um criminoso! E o almêce, ainda há por cá?
O mel, que ainda conseguimos encontrar em
Barrancos fruto da teimosia e tenacidade de um ou dois apicultores!
O água-mel, este praticamente desaparecido,
ainda se consegue provar em Barrancos?
As azeitonas, machacadas ou retalhadas,
gordais ou manzanilhas, também poderão embarcar, se ainda conseguir-mos encontrar
alguém que as prepare!
O mondongo ou mocilhas de lustre, já desaparecidos ou quase (?!), mas
que em Encinasola ainda domina, podendo também ser encontrado como tapa, acompanhando um copo de
vinho ao balcão de qualquer bar?!
As perronilhas,
as madalenas ou as lauras, doces tradicionais que estão
quase desaparecidos?
O guizo de grãos ou de feijão?
Os “nossos” eshpárragos? Os cogumelos?
As sopas de acelgas bravas, de berraças ou de beldoregas?
A sopa de batata, com poejos e ovos (há
quem acrescente bacalhau)?
As nossas migas e açordas?
As morcilhas, sem esquecer os chôriços, o catalão (para assar) e outros enchidos?
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A Arca do Gosto é um catálogo de produtos
em risco de desaparecer, que fazem parte da cultura e das tradições do mundo
inteiro.
Na Arca embarcam
espécies vegetais e animais, mas também produtos processados, os quais, tal
como a diversidade vegetal e animal, estão em vias de extinção, como queijos, carnes
curadas, pães e doces, expressão de saberes rurais e artesanais não escritos,
mas complexos, sendo o fruto de competências e práticas que se transmitem há
gerações.
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A Arca foi criada
para chamar a atenção para estes produtos, denunciar o seu risco de extinção, convidar
todos a agir para preservá-los: buscá-los, comprá-los, comê-los, apresentá-los,
apoiar os produtores e, em alguns casos (quando os produtos são espécies selvagens
em risco de extinção), promover a sua conservação e reprodução.
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Atualmente estão catalogados cerca de 1000 produtos, dos quais sete são portugueses:
o feijão Tarrestre, a broa de milho de Rio Frio e a laranja de Ermelo, todos de
Arcos de Valdevez, a alheira de Mirandela, o queijo de Serpa, a batata-doce de
Aljezur e a flor-de-sal de Castro Marim.
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O Slow Food Alentejo irá estar presente no Salone del Gusto & Terra Madre 2014, que vai decorrer em Turim, Itália, entre 22 e 28 de Outubro, onde irão ser apresentados os "novos" produtos em risco de descaraterização e /ou desaparecimento.
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O queijo de cabra, que compramos às escondidas, como se o vendedor fosse um criminoso! E o almêce, ainda há por cá?
As morcilhas, sem esquecer os chôriços, o catalão (para assar) e outros enchidos?
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A Arca do Gosto é um catálogo de produtos em risco de desaparecer, que fazem parte da cultura e das tradições do mundo inteiro.
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A Arca foi criada para chamar a atenção para estes produtos, denunciar o seu risco de extinção, convidar todos a agir para preservá-los: buscá-los, comprá-los, comê-los, apresentá-los, apoiar os produtores e, em alguns casos (quando os produtos são espécies selvagens em risco de extinção), promover a sua conservação e reprodução.
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Atualmente estão catalogados cerca de 1000 produtos, dos quais sete são portugueses: o feijão Tarrestre, a broa de milho de Rio Frio e a laranja de Ermelo, todos de Arcos de Valdevez, a alheira de Mirandela, o queijo de Serpa, a batata-doce de Aljezur e a flor-de-sal de Castro Marim.
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O Slow Food Alentejo irá estar presente no Salone del Gusto & Terra Madre 2014, que vai decorrer em Turim, Itália, entre 22 e 28 de Outubro, onde irão ser apresentados os "novos" produtos em risco de descaraterização e /ou desaparecimento.
Imagem e informação: Daqui |
Ficha de candidatura (Arca do Gosto) |
3 comentários:
Ola Jacinto
A verdade é que me vai faltando a vontade de dar opinião seja do que quer que seja, em virtude de ver tanta miséria, economica, social e não só.
Neste caso das coisas boas que já existiram em Barrancos e que desapareceram, em minha opinião a culpa é nossa, pois (o que há por fora é sempre melhor que o nosso) e então é claro o nosso desaparece por não haver venda.
No caso dos bons pratos, restaurante, cafés e outros, deveriam tar uma ementa típica na terra, no caso do mondongo, se o matadouro está fechado poucas provalidades há de haver o material, como no caso das profissões é o mesmo; Vamos lá fora para tudo, comer um bom mondongo, ao mercadilho e o nosso está às moscas,ao sapateiro, ao barbeiro, etc,etc.
Não nos podemos queixar, pois se comprarmos na casa as coisas deixarão de estar escondidas e haverá de tudo como sempre houve. Proponho rebeldia e que tudo o que é nosso e bom se venda sem medo, mesmo que seja pouco.
Caro Romcadur, diz o senhor "Proponho rebeldia e que tudo o que é nosso e bom se venda sem medo, mesmo que seja pouco" e pergunto eu: quando existam contra ordenações quem as paga? Nos dias de hoje, rebeldia paga-se caro
até fome me entrou ;)
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