O Agrupamento de Escolas de Barrancos mereceu avaliação positiva na Avaliação Externa efectuada pela Inspecção Geral de Educação (IGE), na visita que decorreu no passado mês de Março. A avaliação, cujo relatório se encontra disponível no site da IGE, analisa a escola segundo cinco domínios: Resultados (avaliação de Bom), Prestação de serviço pedagógico (Bom), Organização e Gestão Escolar (Bom), Liderança (Bom) e Capacidade de auto-regulação e melhoria do agrupamento (Suficiente). Apesar de não ter obtido nenhum muito bom em qualquer domínio, a IGE reconhece o esforço que tem sido desenvolvido pelo agrupamento para a melhoria da sua organização, a articulação entre ciclos e a preocupação pelos resultados escolares.
Para a IGE, foram considerados pontos fortes:
- A análise dos resultados escolares pelos órgãos do Agrupamento, em especial pelo Conselho Geral;
- A resposta às crianças e aos alunos com necessidades educativas especiais, em articulação com outras entidades parceiras e a integração das crianças de etnia cigana;
- O ambiente educativo e a qualidade das relações estabelecidas na comunidade educativa;
- A articulação entre a direcção e os responsáveis pelas diferentes estruturas de coordenação e supervisão de serviços.
Como pontos fracos, foram apontados os desempenhos dos alunos nos exames nacionais do ensino básico (4º, 6º e 9º anos), com resultados abaixo da média nacional, bem como algumas insuficiências oa nível do projecto educativo.
4 comentários:
Ainda há dias diziamos que "NÃO HÁ MAUS ALUNOS" e que os nossos não são diferente dos demais.
Está comprovado, desde que os professores queiram os resultados aparecem.
Esse é o problema... Toda a gente acha que é "desde que os professores queiram". Mas, os professores podem "querer" de várias maneiras... "oferecendo" notas sem exigir aos alunos (via predilecta para o MIN EDU) - melhoria dos indicadores de sucesso para as escolas, dados meramente estatísticos; "oferecendo" notas para pouco se chatearem; ou avaliando as competências reais dos alunos (parece que caiu em desuso). Se esta última for a utilizada, como considero que deve ser, o processo centra-se no aluno e, aí não pode existir o "desde que o professor queira"...
O relatório de avaliação externa assinala dois aspectos que me deixam preocupado:
Primeiro, apenas 52% dos alunos têm computador pessoal com ligação à internet (pág. 3). Apesar de toda a propaganda sobre o programa e-escolas e da enorme necessidade das populações mais isoladas geograficamente deverem ter acesso à informação global, verifica-se que cerca de metade da população escolar não beneficiou desta oportunidade;
Segundo, a fraca participação dos pais como elementos activos comunidade educativa, em particular no 3º ciclo (pág. 10).
São pessoas jovens e com bastante mais formação que os avós desses alunos. Numa comunidade pequena como é a vila de Barrancos, onde quase todos se conhecem e não moram muito longe da escola, é pena que não valorizem mais este centro de saber e de aprendizagem, contribuindo com sugestões e promovendo iniciativas que favoreçam os seus educandos a aplicarem-se no estudo.
Os bons e excelentes resultados escolares alcançam-se com um ambiente familiar que promova a leitura, a reflexão e a cultura.
Caro João Claro.
Parabéns pelo comentário. Não só leu o relatório, como conseguiu ver para além do que se diz nas entrelinhas.
Quanto ao computador e internet, tenho dúvidas que seja tal como descrito no relatório. Pelo que me tenho apercebido, o Magalhães chegou a Barrancos, tarde, mas chegou. Pode é não ser utilizado!
A fraca participação dos pais e encarregados de educaçao no 3º ciclo, sendo lamentável, é uma evidência que o agrupamentou sempre lamentou, mas que não tem conseguido inverter. Parece que deste mal padecem todas as escolas. Participaçao no pré-escolar e 1º ciclo, que vai diminuindo com o aumento da escolaridade. Na escola as crianças emancipam-se cedo de mais...
Cpts.
Jacinto Saramago
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