António nasceu marcado pelo nome. O mesmo que o vizinho da rua das traseiras, o homem que se fez doutor em Coimbra e que ia à terra sempre que podia, o tal que governava o país com pulso de ferro. Mas de pouco ou nada lhe valeu tão grande nome quando o destino o enviou para Angola, para defender a pátria em nome de uma guerra distante que não era a sua. Deixou para trás a sua terra, a mãe inconsolável e Amélia, a mulher que pedira em casamento, num banco de pedra, junto à igreja e que prometera fazer dele o homem mais feliz de Vimieiro. Promessa gravada num enxoval imaculado que ficou guardado no armário, à espera do fim daquela maldita guerra. Quando António regressou de Angola, era um homem diferente. Marcado no corpo por anos de guerra e de cativeiro e no coração por um amor impossível que deixara em pleno mato angolano. Regressava para cumprir a promessa que fizera anos antes à sua noiva Amélia, que o julgara morto, e que, em sua memória, tinha enterrado um caixão sem corpo.
Um Amor em Tempos de Guerra, de Júlio Magalhães, jornalista da TVI
2 comentários:
Este espaço está com muita e boa informação. Não seria má ideia, agarrar neste formato e criar um Portal de Barrancos, à semelhança do Portal de Moura (www.portaldemoura.com) ou doutro género. O que não faltam são exemplos.
Penso que conseguiriam o patrocinio da Câmara e de diversas empresas barranquenhas para suportar os custos do mesmo.
Fica aqui o desafio!
P.S.: Portal esse que se poderia denominar, tal como já existe este blog, de "Estado de Barrancos". A informação passaria desde o que já se disponibiliza aqui, como outro tipo de informação: farmácias, cafés, bares, restaraurantes, transportes, contactos, etc, etc.
Força com isso!
Não concordo com a ideia o estado de barrancos é un blog e espero que o Jacinto continue assim com ele. O portal de moura é melhor que nada, mas tb deixa muito a desejar. Uma opinião pessoal de quem o visita com regulariedade
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