As obras de cobertura dos barrancos das Bicas e da Fábrica, em Barrancos, concluídas em 1942-1943, segundo o Decreto nº 32145, de 15/07/1942, assinado por Duarte Pacheco, ministro da obras públicas do Estado Novo, terão custado 1194 euros.
De acordo com o decreto, a Direção-Geral dos Serviços Hidráulicos e Elétricos foi autorizada a celebrar o contrato de empreitada de cobertura dos barrancos da Bica e da Fábrica, "não podendo a despesa exceder a quantia de 249 364$50 - (1194 euros, na moeda atual) -, a executar em 1942-1943, nas condições do caderno de encargos de 9 de maio de 1906"!
Se o barranco das Bicas todos ainda conhecemos, o barranco da Fábrica terá caído no esquecimento e desaparecido da memória e da toponímica local, assimilado (engolido) pelo primeiro.
O barranco das Bicas, é uma linha de água que só corre no inverno, que nasce em Espanha, entrando em Portugal pelo sitio da Marina e segue o seu percurso até à Bica (Fontanário das Bicas, que lhe dá o nome), onde tem o primeiro troço canalizado, prosseguindo até ao Poço Novo (segundo troço canalizado) e daí atravessa a horta do Côco, passando junto do atual ginásio ao Ar Livre da Casa do Porco Preto, em direção à barragem das Mercês. O barranco da Fábrica, será um pequeno afluente que se encontram no antigo Matadouro, frente ao Poço Novo, que passa pela horta da Demência, confinante com a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos.
Entretanto, nos finais de 1990, a construção da Zona Industrial (do Poço Novo), obrigou a canalização e cobertura de quase todo o barranco das Bicas, designadamente no troço entre a Pilita, horta do tio Vitor e a horta do Côco.
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