Este livro coordenado por Maria do Rosário Pestana e Luísa Tiago de Oliveira, com prefácio de Salwa Castelo-Branco, partiu de uma Conferência realizada no âmbito das Festas do Cante em Monsaraz, em 2015, que reuniu estudiosos de diferentes áreas disciplinares (Antropologia, Etnomusicologia, História e Sociologia), cantadores e outros protagonistas do cantar no Alentejo. Nessa linha, o livro aborda o cantar no Alentejo na oscilação entre o conhecimento académico sobre os processos que codificaram, deram sentido e textualizaram um determinado conjunto de sons como “música alentejana” e a experiência vivida de cantar, ouvir e ser ouvido no Alentejo.
O livro abre com um preâmbulo, contextualizador dos assuntos em análise, assinado pela etnomusicóloga Salwa Castelo-Branco, sucedido por capítulos escritos por Fernando Oliveira Baptista, Ema Pires e Daniel Rodrigues, Dulce Simões, Susana Mareco, Maria José Barriga, Maria do Rosário Pestana, Luísa Tiago de Oliveira e Paulo Ferreira da Costa. A segunda parte do livro consta de uma mesa-redonda, marcada pela espontaneidade e pela multiplicidade de perspectivas, com intervenções de cantadores, de decisores e de alguns dos autores anteriores.
Neste debate, moderado por Jorge Freitas Branco, participaram Ana Paula Amendoeira, Anabela Caeiro, António Caixeiro, David Pereira, Dulce Simões, Joaquina Margalha, José Pedro Fernandes, José Pereira, Luís Caixeiro, Luís Filipe Marcão, Maria Antónia Zacarias, Maria José Barriga, Paulo Costa, Pedro Mestre, Maria do Rosário Pestana, Serafim Silva e Susana Mareco. No seu conjunto, o livro permite uma abordagem nova e multi-situada da questão da terra, da memória e do património que, hoje, se encontram numa encruzilhada.
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