sexta-feira, 3 de abril de 2015

Biblioteca de Barrancos - livro em destaque (abril)

Sinopse
264 pequenas esculturas de madeira e marfim, nenhuma maior que uma caixa de fósforos: o oleiro de Edmund de Waal cruza-se com elas quando conhece a colecção em Tóquio, em casa do seu tio-avô Iggie. Mais tarde, quando Edmund herda os netsuke, eles deixam-lhe ver uma história muito maior do que a que ele poderia ter imaginado…
Os Ephrussi vieram de Odessa, e a certa altura eram os maiores exportadores de cereais do mundo; em 1870, Charles Ephrussi fazia parte de uma rica nova geração que se instalava em Paris. O poeta Jules Laforgue foi seu secretário e Marcel Proust inspirou-se nele como modelo do esteta Swann de Em Busca do tempo perdido. A paixão de Charles era o colecionismo, e os netsuke, comprados quando os objetos japoneses faziam furor nos salões parisienses, foram enviados como presente de casamento ao seu primo banqueiro em Viena.
Mais tarde, três crianças - entre elas o jovem Ignace – brincaram com a coleção num momento em que a História lhes caía em cima. O Anschluss e a Segunda Guerra Mundial arrastaram os Ephrussi para o reino do esquecimento. O que restou do seu vasto império foi quase só a coleção de netsuke, subtraídos do gigantesco palácio vienense (na altura ocupado pelos teóricos hitlerianos da questão judaica), um a um, no bolso de uma fiel criada, e escondidos depois no seu colchão de palha.

Neste extraordinário livro de memórias, Edmund de Waal viaja pelo mundo para olhar os magníficos edifícios que os seus antepassados habitaram. E traça o percurso de uma família notável sobre o pano de fundo de um século tumultuoso. E, numa escrita tão elegante e precisa como os próprios netsuke, conta-nos a história de uma coleção única que passou de mão em mão e que, num golpe do destino, encontrou o seu caminho de volta ao Japão.
Fonte: Biblioteca de Barrancos

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