A
Câmara de Barrancos recusou em 3 de dezembro de 1938 um empréstimo de “150
contos” (cerca de 750 euros), já autorizado pelo ministro das Finanças,
destinado às obras de “terraplanagem da
estrada municipal de Barrancos à Amareleja - troço da viadeira à ribeira do Ardila - e calcetamento de ruas”.
O pedido de empréstimo, que depois foi recusado alegadamente por dificuldades em satisfazer os encargos da dívida, tinha sido aprovado em finais de março de 1938, com a finalidade de ocupação da "muita mão-de-obra desempregada".
O pedido de empréstimo, que depois foi recusado alegadamente por dificuldades em satisfazer os encargos da dívida, tinha sido aprovado em finais de março de 1938, com a finalidade de ocupação da "muita mão-de-obra desempregada".
A
“estrada de Barrancos/Amareleja”, identificada hoje como EN 386, só ficaria concluída
nos finais da década de 60 do séc. XX, tendo a ponte sobre o rio Ardila sido inaugurada com "pompa e muita festa", em 13 de abril de 1964 pelo então Presidente
da República, Américo Tomaz, com a presença de todos os alunos das escolas de Barrancos que foram recrutados compulsivamente para a cerimónia.
A questão das estradas e dos acessos a Barrancos tem sido sempre um assunto controverso e objeto de muitas discussões, parte das quais pode acompanhar aqui e aqui.
Extrato de cota/arquivo geral do Ministério das Finanças, enviado por um leitor. |
1 comentário:
Não tenho oportunidade de "botar" opinião nessa decisão mas, se tivesse, podem ter a certesa que, pura e simplesmente faria desta estrada ou em cima dela outra estrada com condições, de uma zem por todas.
Só quem sofre os estragos que esta velha estrada produz, é que pode dar uma opinião válida.
Por exemplo: Os veículos que não andam nesta estrada fazem mais 3.000 Km com os pneos iguais.
Os acidentes oorridos, que não são contabilizados individualmente, superam a média do que noutras estradas. Os valores já enterrados em "remendos novos em tecido velho", já chegavam para cortar curvas, retirar enclinações contrárias aos movimentos e ter mais um metro para cada lado com sinalização adequada.
Cego não é quém não vê; Cego é quem não quer ver.
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