Hoje, dia 8, comemora-se o dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal e de Barrancos. Na nossa Vila, a partir das 15h00, a tradicional procissão de "dia 8", irá percorrer parte das ruas da Vila, caso o tempo chuvoso o permita.
Depois, quando a procissão recolher, é hora de começar a juntar a lenha na praça (na foto em 2009), para o lume do dia 24...
Entretanto, em muitas casas já começa a cheirar a fritos de Natal e as zambombas já se ouvem.
Praça da Liberdade, Barrancos (Foto: 21Dez2009)
Todos, adultos e grúdos, temos de trazer lenha para a praça (Foto: 15Dez2009)
"Ae, ae, ae,...
a ramito de laurel,
por causa de la lenha...
nos llevam al cuartel!"
4 comentários:
Olá Jacinto,
Espero que juntem muita lenha, pois este ano o frio promete.
Hoje tudo é diferente, mas aqui fica um episódio muito antigo (com mais de 50 anos), que sempre me vem à memória quando se trata da lenha para o lume da praça. Era eu criança, estava em casa muito sossegada quando oiço um estrondo mesmo à minha porta, corro para ver o que se passava e encontro um cavalo caído com uma carroça de lenha em cima. Os protagonistas desta façanha, com ar apavorado, pedem-me uma faca para cortar os arreios, eu atrapalhada, vou à despensa e apanho a faca maior que encontro. Eles lá se apressaram a soltar o cavalo, que felizmente saiu ileso. Tudo isto aconteceu porque a carga de lenha e chamiços era tão grande que não conseguiu passar na estreita esquina da antiga Rua da Parreira, hoje Rua D. Maria das Dores Fialho Garcia. Para a miudagem, depois do susto foi uma festa ajudando a levar a lenha à praça, para os adultos foi uma maçada ter de caiar os arranhões que ficaram na parede.
Festas Felizes para todos.
Antónia Guerreiro
Cara Antónia Guerreiro
Eu ainda sou do tempo em que se ía à lenha de noite, "roubar" as trancas... e a GNR andava atrás de nós.
Deixo aqui um apelo aos leitores para contar um pouco das suas vivências, acerca deste assunto (ir à lenha).
Festas Felizes, para si, Antónia
Jacinto Saramago
Eu sei por conversas directa que a Antónia é uma excelente contadora de histórias, para além de toda a cultura que lhe reconheço.
Por isso "companheira" abre esse baú e deita cá para fora a tua boa disposição.
Quem pudesse fazer o mesmo, ter essa capacidade de desenvolver as minhas ideias.
Quanto ao desafia do patrão do blogue penso que vai ter que filtrar muita coisa, porque nessa época ou melhor até o dia em que alguém se lembrou dos tratores, há muuuuuitas histórias para contar.
Nesta quadra que começa e que termina com o dia de Natal, havia durante os meus tempos e recebido das mais velhos, a tradição de roubar a falinha para a ceia de Natal, embora o jantar fosse obrigatóriamente em casa com a familia.
Bem certo ano o grupo (eramos 7 ou oito) e decidinmos que a galinha iria ser do galinheiro de um determinado companheiro, sem que ele nada soubesse.
Acabado o jantar dois dos bons moços passaram por minha casa para a concentração de ataque,
Um foi distrair o pessoal em casa e os outros dois, roubar a galinha.
Tudo correu bem, metemos o animal debaixo do casaco e destemidamente fomos à casa do dono para levar o outro nosso amigo.
Aconteceu que a irmã, conheceu a galinha, nós que pensámos que ficariamos sem petisco, não aconteceu e a mãe do nosso amigo deu-nos outra porque aquela estava a por.
Como vem há aqui não só uma tolerância dos familiares mas uma conivência para com as tradições.
Quem pudesse jantar com todos neste Natal, 3 deles já cá não estão, bem como os pais de todos os
daquele grupo.
Isto aconteceu na realidade e há ainda alguns personagens vivos.
"MURRINHAS"
Enviar um comentário