Na praça e na Rua da Igreja, milhares de pessoas esperam a chegada do Touros. Outras, apressadas, sobem a estrada, desde os Celeiros, em direcção ao centro da Festa. É dificil chegar à praça.
As crianças, com capas e banderilhas, são as primeiras a fazer a faena matinal. Muita algazarra; muita alegria e cachondeu logo pela manhã. Assim são as Festas de Barrancos
.
8h30 - Já os cabrestos estavam na praça, quando se ouviu o morteiro a anunciar a largada do primeiro touro. Logo, de seguida, a multidão que se encontrava na Rua da Igreja, começou a dispersar... muitos, os mais foitos, ficaram pelas portas, janelas, grades e árvores...
O touro, um bonito exemplar da Ganadaria de Couto de Fornilhos, com cerca de 520 kg - talvez demais, para esta praça! - subiu rapidamente a rua. Na praça não deu tréguas aos afoitos que o desafiavam. Pouco depois, a corda, cujo laço tinha sido preparado de vésperas de acordo com voz amiga (Am...) já enlaçava a cornamenta do bicho. A experiência do Manuel Fernando e do António Caçador, com o apoio do costume, contribuiu para que o touro fosse para o encerro por volta das oito e cinquenta...
O segundo touro, um pouco menos "entroncado" e mais feio - dizem que com 505 Kg - subiu rapidamente a rua, apesar de alguns sustos pelo caminho. Já na praça, fez a ronda dos paus, e cinco minutos depois está apanhado pelo laço. Alguma resistência e, pum... fica encerrado.
À tarde, por volta das 18h30 veremos como está a praça.
11h00 - Grupos de amigos começam a juntar-se nos cafés/bares para confraternizar, falar da fêra e sobre a fêra. As tapas estão prontas.
.
12h00 - Os bombeiros de Barrancos e as médicas no Centro de Saúde, não têm mãos a medir: alguns acidentados ligeiros, uma ou outra doença súbita, enchem a sala de espera... ouvem-se pelo menos duas ambulâncias...
.
13h00-14h00 - O meu grupo, no café Central, abarrotado, saboreia uns espargos e cogumelos que, confeccionados, aguardavam desde o Inverno por esta ocasião. Como companhia, umas minis, que de vinho este grupo não é apreciador...
.
14h00-16h00 - Na praça, nas duas sociedades muita gente a entrar e a sair. Crianças e avós a espreitar para os curros...e ver os touros - "está deitado", diz um; não "está de rabo para a saída", diz outro; não, não, "tem sede, coitado, não bebe?" diz uma potencial protectora dos animais.
.
17h30 - Os mais impacientes, para apanhar lugar o tabuão, já estão sentados nos tabuados desde as 14h30. A esta hora, os tabuados já estão quase cheios. Na arena, entre uma e outra sociedade, entre uma e outra portada, centenas de pessoas ainda procuram lugar.
Está calor. Muito calor: 40º C. O ambiente está muito pesado. O Sol continua muito forte.
O alta-voz da praça anuncia a composição dos membros do júri da IV edição dos Troféus Taurinos "Fêra de Barrancos", uma iniciativa da Câmara Municipal, que premeiam a melhor lide dos festejos (Triunfador da Fêra) e reconhecem o melhor par de bandarilhas.
O alta-voz da praça anuncia a composição dos membros do júri da IV edição dos Troféus Taurinos "Fêra de Barrancos", uma iniciativa da Câmara Municipal, que premeiam a melhor lide dos festejos (Triunfador da Fêra) e reconhecem o melhor par de bandarilhas.
.
18h00 - A Banda Filarmónica de Barrancos entra a tocar o Paquito, sob a ovação da praça. Milhares de pessoas aguardam, em cima e de baixo dos tabuados. Pelo alta-voz da ptaça, apela-se ao bom-senso das pessoas que ainda resistem na arena, para "voluntariamente desocupar o recinto". Não resulta! Não há lugares disponíveis para tanta gente!
A Comissão de Festas e a quadrilha dão a volta "ao ruedo". Está tudo pronto para dar início à primeira corrida de touros.
O calor provoca o primeiro desmaio nos tabuados. Seguir-se-ão mais três, com as dificuldades no acessos dos bombeiros e equipa médica.
.
18h50 - O primeiro touro está na arena, onde muita gente teimou em ficar. O matador recebe-o. Um, dois,... três passes e toca para mudança de "tercio". As bandarilhas serão colocadas, mas duas caem pouco depois.
Novo "tercio" e começa a faena final. De início, alguma insegurança que o toureiro ultrapassa com o apoio do público. Portou-se bem. À segunda estocada, põe um ponto final no bicho que ainda resiste um pouco mais. Palmas, muitas palmas e o touro é levado pelas mulas para a rua, onde será recolhido e transportado para a Casa de Abate.
Por volta das 19h15 já está o segundo touro na arena. Novo toureiro; novo matador e, dizem, melhor faena e ainda melhor estocada. O touro cai à primeira, junto à porta da "sociedade dos ricos". De imediato, as pessoas começam a descer dos tabuados e enchem a praça. As mulas têm dificuldade em entrar e ainda mais para encontrar o touro. Os matadores, entre a muktidão que enche a arena não conseguem dar a volta ao "ruedo". Com alguma dificuldade, uma vizinha de banco lança um ramo de flores, talvez o único, que um dos matadores recolhe e agradece.
.
São 19h30 e o calor, provavelmente muito próximo dos 40ºC e o pó da praça, tornam o ar irrespirável. Os bombeiros ainda labutam para retirar uma jovem que desmaiara minutos antes na grades da casa da D. Carmen Figueiredo. A ambulância retira-a pouco depois para o centro de saúde, onde recupera.
Está terminada a primeira corrida de touros.
.Novo "tercio" e começa a faena final. De início, alguma insegurança que o toureiro ultrapassa com o apoio do público. Portou-se bem. À segunda estocada, põe um ponto final no bicho que ainda resiste um pouco mais. Palmas, muitas palmas e o touro é levado pelas mulas para a rua, onde será recolhido e transportado para a Casa de Abate.
Por volta das 19h15 já está o segundo touro na arena. Novo toureiro; novo matador e, dizem, melhor faena e ainda melhor estocada. O touro cai à primeira, junto à porta da "sociedade dos ricos". De imediato, as pessoas começam a descer dos tabuados e enchem a praça. As mulas têm dificuldade em entrar e ainda mais para encontrar o touro. Os matadores, entre a muktidão que enche a arena não conseguem dar a volta ao "ruedo". Com alguma dificuldade, uma vizinha de banco lança um ramo de flores, talvez o único, que um dos matadores recolhe e agradece.
.
São 19h30 e o calor, provavelmente muito próximo dos 40ºC e o pó da praça, tornam o ar irrespirável. Os bombeiros ainda labutam para retirar uma jovem que desmaiara minutos antes na grades da casa da D. Carmen Figueiredo. A ambulância retira-a pouco depois para o centro de saúde, onde recupera.
Está terminada a primeira corrida de touros.
22h30 - Com a praça cheia de gente, começa o espectáculo do jovem (criança) Miguel Guerreiro, vencedor dum programa televisivo de jovens talentos. Com os "Filhos da Nação" pôs a praça a cantar, o que ainda conseguiu duas-três vezes mais. Alguma juventude junto ao palco animava um pouco. Cumpriu! O Miguel é muito jovem, é ainda uma criança para estas andanças...
.
24h00 - Como o espectáculo na praça terminou mais cedo que o previsto (23h30), muita gente ainda passeva pelas ruas e cafés, ou simplesmente esperava na arena, nos tabuados ou no muro dos bombeiros.
Pouco depois da meia-noite o Quintalão de Festas começava a encher, a orquestra SOS tocava e os e viam-se os primeiros dançarinos na pista...
O baile durou até às seis da manhã e, consta, que a orquestra era mais animada. A noite continuou quente e seca. A temperatura não baixou dos 23º C.
2 comentários:
quem apanhou o touro foi o manuel fernando e o antónio caçador "bonança", não o rubio como foi dito!
antonio caçador, era a pessoa que durante muitos anos apanhou os touros com o rubio... so começou o manuel fernando devido a este ter imigrado para a suiça ha mais de 20 anos... desde então que nunca mais teve a oportunidade de vir à fêra, este ano assim que chegou disse logo mas ate para apanhar o touro é preciso a comissão de festa pagar?!?! eu o apanho gratis, para "matar o vicio"... PARABENS!
apanhou os dois à primeira, afinal quem sabe sabe e nunca esquece...
Pena nesta descrição do 2º dia de feira não haver fotos. Obrigada na mesma, pois de facto revive-se a emoção desses dias. Obrigada
Laura Sequeira
Enviar um comentário