sábado, 12 de setembro de 2009

O outro 11 de Setembro

Com o contributo dos leitores mais atentos e participativos, aqui recordo desde Barrancos, para que a memória não esqueça, o outro 11 de Setembro. 1973.
Era pequeno, muito pequeno, mas conheço, ... pela leitura, pelas imagens, pela... memória!
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Em Homenagem à memória daqueles Homens e Mulheres que lutaram e continuam a lutar pelas Liberdades. De todos.
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11 de Setembro de 2001, EUA, Torres Gémeas, imagens ao vivo à escala planetária, aviões,... Bush...
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Mas houve outro 11 de Setembro, com mais mortes, mais esquecidos, porque os terroristas aqui foram os EUA....
Quem se lembra sabe do que passou...
Quem não se lembra vai lembrar-se...
Quem nunca ouviu falar vai aprender...
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1 comentário:

Tói Guerreiro disse...

Qualquer tipo de terror é condenável,nada qualifica este tipo de contestação.
Foi oportuno relembrar os 11 de Setembros,mas sobretudo o que aconteceu no Chile em 1973.
O caminho da história universal, aconselha-nos nestas datas o despertar e o reavivar das memórias.
Famílias inteiras, foram dizimadas pela ditadura de Pinochet, com a conivência dos EUA,incluíndo também o assassínato do legítimo representante do Chile, o presidente Salvador Allende.Em minha opinião,uma referência da democracia e do socialismo.
Lembro-me em Agosto 1979,num passeio pela Europa fora, através do "interail",eu e mais três amigos de mochila às costas.Chegámos a Estocolmo e, resolvemos comprar umas camisas de modelo inédito,baratas,eram dos escuteiros americanos.Pois as mudas de roupa não abundavam,esta compra foi feita numa loja no metropolitano daquela cidade,vestimos de imediato as camisas.
Algum tempo depois vimos um grupo de indíviduos a mirarem-nos e a gritarem em voz uníssona "abajo América",entendi tal grito,mas de facto estava alheio que tal contestação, tinha a ver com as camisas que trajávamos.
Naquele momento, um dos indíviduos abordou-nos,em inglês, se éramos escuteiros americanos,dissemos que éramos Portugueses,a partir daquele momento existiu uma empatia imediata.Eram Chilenos no exílio,a comunicação tornou-se mais fácil,tive a oportunidade de aperceber-me,da barbárie cometida pela ditadura.Um dos indíviduos que conhecemos naquele momento, foi o único sobrevivente da sua família,mataram os pais e uma irmã com 18 anos.Todos os restantes Chilenos,eram perseguidos uns por actividades sindicais outros por serem familiares de democratas e políticos e outros por medo.
Aí a razão daquela contestação contra os EUA.
Por fim,comprámos cervejas,pão, queijo, fiambre e confraternizámos aquele momento, em que a solidariedade para com o Povo Chileno, foi lembrado naquele grupo restrito de amigos.
Por isso devemos dar valor à Liberdade e respeitá-la,que é um bem precioso do ser humano.
Por isso transcrevo o último parágrafo novamente:

Quem se lembra sabe do que passou...
Quem não se lembra vai lembrar-se...
Quem nunca ouviu falar vai aprender

Tói Guerreiro