sábado, 6 de outubro de 2018

Noudar não é o fim nem o princípio do mundo: é qualquer coisa de intermédio

"Se Noudar não fica no fim do mundo, fica no fim de Portugal, pelo menos: Espanha ao lado é tão literal como atravessar o rio Ardila, limite norte do PNN, limite norte deste pedaço caprichoso de Portugal do lado esquerdo Guadiana desenhado em forma de península."
(...)
(Noudar) "Agora é uma vila-fantasma, mas fez parte da política de povoamento (e de defesa) do país: foi o primeiro Couto de Homiziados português, ou seja, local onde os condenados (por crimes “leves”) podiam viver “em liberdade” — condicional: não podiam sair daqui e tinham de defender a fronteira da cobiça vizinha. Lugar de desterros, portanto, uma mini-Austrália, onde agora o único desterrado parece ser Raul*."
(excertos de uma reportagem que pode continuar a ler no jornal Público, 06-10-2018- suplemento fugas)
Obs:
* Raul (Águas) e Alexandrino (Botelho), são atualmente os dois guardas/vigilantes do castelo de Noudar, que partilham a semana e recebem os visitantes. Noudar é o sítio mais visitado de Barrancos, recebendo anualmente mais de seis mil visitantes (cf. Relatório e Contas da CMB 2017, pag. 204)

Castelo de Noudar
(f. arquivo eB, 2010)

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