domingo, 1 de novembro de 2015

A "Vida" - num poema que fala do nascimento, da dor, do parto, do amor... dos afetos

Vida
I
Foi em maio, à tardinha 
Numa casinha singela
Que nascia uma menina 
Duma maneira tão bela! 
II
Não havia parto sem dor...
Era tudo ao natural
Com a ajuda da Parteira, 
Não havia epidural!
III
A tia Eulália, a parteira, 
Ajudava sem condição... 
Ia aparando os bebés 
Sem qualquer remuneração! 

Com sua mãe aprendera, 
Aquela arte, afinal... 
E a todas as mães ajudava,
Era uma mulher especial! 
IV
E sem partos programados, 
Os bebés iam nascendo... 
Esperava-se nove meses, 
Sem o seu sexo sabendo!
V
Fui a terceira, de três
Era um desejo de mãe... 
Dar à luz uma menina, 
Para juntar aos irmãos 
VI
E naquela casa singela
Mesmo à entrada de Barrancos, 
Fomos todos nascendo, 
Com tia Eulália ajudando! 
VII
Eram tempos difíceis... 
Mas, isso não condicionava, 
Que os filhos fossem nascendo, 
Mal os pais se descuidavam! 
VIII
Agradeço aos meus pais, 
Todo o Amor que me deram, 
Sempre fiz por retribuir, 
E para sempre os venero!
-
ass) Antónia Bergano, 31-10-2015
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(in Antónia Bergano, blogue que a partir de hoje pode consultar na 
Lista de Sugestões do eB, coluna à direita)

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