Sabia como se participavam os casamentos e faziam os convites em Barrancos?

"Está convidada para o casamento de (...) e de (...) que se casam dia ...de dezembro...". A participação deste casamento, que ainda se pode ler na ombrêra de uma porta da rua de Angola, em Barrancos (ver fotos), terá ocorrido em dezembro de 1996. Era desta forma tradicional, simples e barata, que os noivos barranquenhos participavam o seu casamento e convidavam para o copo de água os familiares, amigos e conhecidos, quando estes não estavam em casa.
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Como muitos leitores devem recordar, esta participação de porta-a-porta era habitualmente feita por irmãs ou amigas da noiva, mas também havia pessoas, normalmente mulheres, que faziam este serviço por encomenda, e por ele cobravam. A tia Tomázia (do baldio) e a tia Margarita C (do beco Miradouro), são duas que retenho na memória. Outras mais haverá.
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Até finais do séc. XX os casamentos em Barrancos eram "apregoados" ou "participados" de porta-a-porta. Durante uns anos, esta forma de participação concorreu com o convite formal em papel, que pouco-a-pouco foi ganhando predominância. Com a modernidade, os convites de casamento passaram a ser em papel adquirido nas lojas de especialidade ou em gráficas, substituindo a forma tradicional da lista de porta, que desapareceu no inicio do século XXI. 

O convite para casamento de N e S que "se casam dia .. de dezembro..."

Local onde moravam o(s) convidado(s).
Fotos: eB, 03-04-2015