7h00: Temperatura quente (23ºC). Estrada acima, desde os celeiros, muita gente a pé dirige-se para o encerro.
7h30: Praça com muita gente, animada com a fanfarra (charanga) "Os Dinâmica" que este ano, pela primeira vez, actuam nos encerros. Rua da Igreja cheia. Mais que no ano passado. Os afoitos teimam e resistem, sentados no chão ou nas varandas. Alguns dormem a ressaca da noitada!
7h45: Aproxima-se a hora. Alguém passa a dizer "já chegaram!". O burbirinho nos tabuados, em cima em em baixo, aumenta.
8h00: Impacientes, nas ruas, nas varandas e na praça, todos esperamos os touros. Sobem os cabrestos. Os menos afoitos saem da rua da Igreja em direcção aos paus dos tabuados, apinhados de gente. Nalgum sítio hão-de ficar...
8h15: O foguete anuncia a largada do primeiro touro que, segundos depois, sobe a rua. Na frente os "toreros" do costume, sem medo de levar uma cornada. Foi rápido o touro. Em três minutos estava na arena. Umas voltas ao ruedo, uns ais, uns "manoletes, si non sabes torear, p'que te metes" e o touro é apanhado à corda. Com alguma dificuldade entra finalmente nos curros. Muita gente ajuda, ou empata. Mas o touro entra no encerro! Vamos para o segundo...
8h40: Depois do foguete, upa, que o segundo touro sobre a rua. Tal como o primeiro, vai direitinho à praça, apesar das chamadas das portas, das grades, das varandas... onde o Rúbio e o Violante, experientes e sábios, conseguem "pescar" o bicho.
8h50: O encerro está terminado, sem qualquer acidente ou incidente. No tabuado a charanga continua a tocar e o público acompanha a música. Há muita animação nos tabuados e na arena. Na porta da Igreja, enquanto se forma uma fila para comprar "heringos", ou churros ou farturas, conforme os gostos, um jovem continua a dormir sem que nada ou ninguém o incomode!
12h00: Os toureiros "analisam" e sorteiam os touros que irão lidar a partir da 18 horas.
12h30: Os touros, nos curros, aguardan a chegada da hora...
13h00: No bar da Comissão de Festas de 2011 conversava-se e bebiam-se umas minis acompanhadas de uma tapas de quwijo, enchidos ou presunto de Barrancos, cujo preço estava muito em conta. Por trás do balcão, os festeiros de 2011, Reinaldo, Helder e José Côco, que estavam de turno, suavam às estupinha, enquanto alguns "clientes", distraídos, eram fotografados...
12h30: Os touros, nos curros, aguardan a chegada da hora...
13h00: No bar da Comissão de Festas de 2011 conversava-se e bebiam-se umas minis acompanhadas de uma tapas de quwijo, enchidos ou presunto de Barrancos, cujo preço estava muito em conta. Por trás do balcão, os festeiros de 2011, Reinaldo, Helder e José Côco, que estavam de turno, suavam às estupinha, enquanto alguns "clientes", distraídos, eram fotografados...
16h00: Na estrada, ao longo do Miradouro, as barracas de venda ambulante estão semi-fechadas, devido ao calor. Este ano há mais, mas uma delas é pioneira na nossas Festas e provavelmente a mais falada pelo género de podutos expostos à venda: cuecas e sutiâs ...de todas as cores. Um sucesso para meninas e senhoras!
17h00: Com uma temperatura de 38ºC, a praça já estava mais de meia, especialmente na zona de sombra. Os lugares de Sol, como o meu, continuavam vazios. Os seus ocupantes passeavam pela praça ou simplesmente estavam debaixo do tabuado, à espera que a música chegasse.
17h50: Os bombeiros regam a praça e muita gente aproveita para tomar um banho.
18h20: A Banda toca no centro da praça, de uma praça cheia. Muita gente! Todas as portadas estão fechadas. Aguarda-se a entrada dos toureiros.
18h45: Tudo pronto, mas antes o peditório a favor dos Bombeiros Voluntários de Barrancos.
18h50: Os matadores, Miquelin e Nuno Casquinha, e a sua quadrilha, fazem o passeilho e são apresentados às autoridades e ao público. A expectativa é grande...
19h00: Toca a saída do primeiro touro. As primeiras faenas de Miquelin entusiasmam a praça que, pouco depois, no estoque final, desilude e quase é expulso da arena! Foi uma faena sofrível.
19h20: O segundo touro já está na arena. Por breves momentos não tem toureiro que o receba. O animal, sozinho, dá uma voltas pela arena. A praça fica fria. Finalmente Casquinha aparece e dá dois ou três passes (algum estusiasmo), nas bandarilhas (péssimas) e o terceiro tércio... para esquecer . Para recordar, comentava-se no tabuado à minha volta, a tanguinha do matador...
19h50: A primeira corrida da Festa de 2010 estava despachada, sem história.
20h00: Toca a descer dos tabuados, apinhados de gente desde as 17 horas. O jantar aguarda, para depois continuar a festa com a animadora no mesmo local. No entretanto, muitos sururos ouvir-se-ão sobre as faenas dos matadores e as estórias da corrida.22h00: No palco da praça, o grupo Karysma ensaia e prepara o espectáculo, que começa por volta das 22h30. Duas animadoras, vestidas com traje de ocasião (roupa do dia-a-dia!), sobem ao palco e começam as sevilhanadas, as rumbitas e os passodobles....
23h00: Com o som tão alto, parte da "praça" está surda dos gritos. Muita gente entra, sai ou passa indiferente a quem está no palco.
24h10: A orquestra Birmania começa a tocar e a cantar no meio da pista de dança. Os cantores (dois homens e duas mulheres) causam sensação. Boa apresentação do grupo e boa música. O baile está "aberto". Os primeiros dançarinos saltam para a pista, que rapidamente enche. Num Quintalão praticamente cheio, faltam cadeiras e mesas. Quase todos em pé. As crianças, nos carrinhos ou no chão. Para o ano esta situação deve ser repensada. Devem ser colocados mais bancos, cadeiras e mesas, e desta forma cria-se um melhor ambiente de baile.
2 comentários:
Bom dia Jacinto:
Obrigado por nos trazer desta forma um bocadinho da nossa Fêra a todos aqueles que por diversos motivos não nos encontramos em Barrancos a dia de hoje!
BOA FÊRA A TODOS!!!
obrigada mesmo jacinto, não consegui ir este ano, é muito ver as nossas festas, nem que seja de fotografia. beijinhos
Aida Fernandes (xibita)
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