segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Os barbeiros… de Barrancos

Bem sei que em Barrancos temos três excelentes cabeleireiras,... com salão unisexo...
Bem sei que, desde há alguns anos, tenho o cabelo (bem) cortado pela Mariquita Rúbio, ultimamente, a segundo pente…contra a sua vontade,...
Mas hoje tive saudades dos barbeiros de Barrancos, que já não há.
Recordo quatro:
- o tio Alcario, mesmo ao lado da Câmara (hoje Cartório Notarial), que parece que estou a ver  na sala/barbearia, onde tinha a cadeira;
- o tio Candelário (ou "Calendário", como na infância o tratava), na rua Cónego Almeida, por onde diariamente passava e com quem conversava, muitas vezes com a companhia da sua mulher, a Maria Garcia, sempre mais faladora, e do tio Lopes, que já vinha almoçado e ia à procura do café;
- o tio Chico Mendes, na rua das Forças Armadas, frente ao BES, primo em segundo grau, que cortou o meu "primeiro" cabelo, na “cadeira grande, mas com um banquinho pequeno em cima”, de bata branca e a deixar o cliente pendurado, para vender mais um maço (kentuki!?), um mata-ratos ou um cigarro, que naquela altura  poucos maços se vendiam...
- o Zé Floriu, na rua 1º de Maio, o único felizmente ainda entre nós, mas prematuramente retirado, com quem tínhamos de combinar a hora do corte, esperar à porta ou chamar a casa.
Bem sei que hoje os barbeiros são cabeleireiros, mas em Barrancos não existem.
 

1 comentário:

romcadur disse...

È verdade, os tempos são outros, no meu caso, não vou ao berbeiro há uma boa dezena de anos, corto-o eu em casa,não pela falta de barbeiros na zona mas por gosto.

Mas se no caso, ainda há cabelereiras/barbeiras, noutros ofícios o tempo foi padastro,por exemplo, onde estão os alfaiates os sapateiros,abegãos,carapinteiros, cesteiros, peladores de solipedes e corrieiros, tudo isto já foi, hoje com a tecnologia e as facilidades de transporte tudo tem mudado.
Não fico com saudade, porque só se tem saudade do conhecido porque outras coisas se vão conhecendo e também elas nos trazem saudades quando faltam.