terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Biblioteca de Barrancos - livro de dezembro

Fonte: Biblioteca de Barrancos
Sinopse:
A revolução está na rua.
Amélia assiste da varanda do seu atelier ao içar
Da nova bandeira e escuta os vivas
Que anunciam a vitória.
Ouvem-se os primeiros versos de “A Portuguesa”.
Há um novo país a nascer.
“Está a ver, no Largo do Carmo, aquele grande anúncio da Fábrica Confiança, que diz que é a maior camisaria da Europa? Pois quase não se lêem as letras, que são só guardas municipais em frente”, procurava dialogar Miquelina Maurício, viúva de padre e sempre a remoer no destino. “É assim mesmo!”, rematava, garboso e jocoso, Pompeu Soeiro, herdeiro de um abastado lavrador de Sever do Vouga. “Só proferem bojardas, toleimas disparates”, bramia Colaço Verdasco, o cabeleireiro que dizia: “Um coiffeur madame. Je suis un coiffer.”

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