quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Governo calculou preço dos alunos/turmas - Quanto "custam" os nossos alunos?

Um estudo ontem divulgado pelo ministério da Educação, indica que o Estado gasta em média € 86.333/ano com cada turma do ensino público tendo em conta os 2º e 3º ciclos e o secundário: o que dá € 4.011 por aluno/ano.
Para o presente ano letivo (2012/2013), o custo médio por turma, ajustado aos programas, oscila entre os € 70.245 e os € 70.648 no ensino básico. No secundário, varia entre os € 88.477 e os € 91.454.
Segundo os autores do estudo, a componente principal do custo é o da docência, embora variando nas diferentes unidades orgânicas (agrupamentos ou escolas não agrupadas).
O estudo citado revela também a existência de 25 agrupamentos, que os autores do documento consideraram outlier, que apresentam valores anormais ou estranhos, com grande afastamento em relação à média.
Nos grupo das escolas outliers (ver pág 63), surge o Agrupamento de Escolas de Barrancos com um custo de € 156.706/turma. A admitir como certo este montante, significa que o custo/aluno de Barrancos poderá ultrapassar os € 7.000!
EBI de Barrancos: Foto: Arquivo

5 comentários:

Anónimo disse...

Com base neste estudo, o custo médio por aluno é de € 4.011/ano, e em Barrancos ascende, inexplicavelmente, a € 7.000. Sabem o que vai acontecer e qual será o desfecho desta história certo?

Anónimo disse...


romcadur deixou um novo comentário na sua mensagem "Governo calculou preço dos alunos/turmas:

A avaliar por estes números, no 2ºe 3º ciclo existirão 10,9 alunos? Será ?
Que mais acontecerá a Barrancos de mau que venha a ser refernciado, como depreciativo, se é no rácio de funcionários, somos os maiores, com cerca de 53 funcionários por cada mil residentes, se voltarmos os olhos para a avaliação da escolas estamos quase no fim, não será que os fatos são feitos à medida do cliente ?
Contestar estes números não fica mal, o que sim fica mal é aceitá-los sem um pedido de esclarecimento ao Ministério respectivo e se possível exigir explicações e já agora dar as respectivas informações da realidade.
Também somos cidadãos

Jacinto Saramago disse...

Nota do autor:

Este relatório vem mesmo a calhar numa altura de tesouras afiadas para cortar, cortar e cortar…
Mas, vamos ler o relatório citado a partir do link no final do post. O caso de Barrancos, que nos preocupa, não é caso isolado. Não servindo de consolo, há escolas com “custos” mais elevados:
Escolas de Barrancos 156.706 €;
Escolas de Cuba 160.032 €; Escolas de Castelo de Vide 161.914 €;
Escolas de Montargil 176.008 €;
Escolas Augusto Moreno 155.871 €; Escolas da EB2,3 de Lamego 172.044 €; Escolas de Marzovelos 181.272 €
Escolas de Eugénio de Castro 159.832 €; Escolas de Inês de Castro 155.762 €; Escolas de Silva Gaio 166.343 €;
…..
Cpts

Fátima disse...

Bom dia

Para mim estes custos mais elevados em escolas pequenas é natural, já que os custos fixos são distribuídos por menos alunos. O que pode ser preocupante é se se cortar 'a direito', sem ter em conta estas características e necessidades das terras pequenas.
Espero que estas notícias incentivem os alunos a trabalhar mais e mostrar que vale a pena investirmos neles.
Bom trabalho.

Fátima

Anónimo disse...

Sinceramente Jacinto não estou muito preocupado com as escolas dos "outros", preocupa-me sim a "nossa".
Desde o meu tempo de estudante na escola de Barrancos, que o numero de alunos tem diminuido drasticamente de ano para ano, em contrapartida o numero de funcionários tem vindo a aumentar igual que o numero de docentes afetos, não teriam estas duas vertentes que seguir a mesma linha e o mesmo sentido (mesmo sem nós querermos porque ninguem quer desemprego)?
É lógico haver tanto pessoal docente sem leccionar anos após ano, ou lecionar apenas umas horas por semana porque são os responsaveis da biblioteca ou informatica, sendo por isso necessario a afetação de mais docentes para leccionar (papel fundamental na vida de um professor)?
Esta e outras questões estão a levar a escola de Barrancos ao seu fim...