Foi apresentado com pompa e muita propaganda, o novo Quadro Comunitário de Apoio 2007-2013, agora baptizado de QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional).
Simplificadamente, e perdoe-se o exagero, o QREN é uma espécie de balancete onde são elencados os dinheiros que vamos receber da União Europeia e, nalguns casos, a forma e a maneira de o gastar.
Diz-se que, passada a fase do betão (!), a aposta agora é na competitividade (FEDER), na valorização do potencial humano (FSE) e na valorização do território (FEDER e Fundo Coesão).
Mas, para quem vive no interior, dizer que o "betão" é passado parece insultuoso?! Que fazemos às acessibilidades (estradas) degradadas e cheias de buracos (crateras), que nunca foram objecto de qualquer intervenção?
Será que, no caso do Alentejo, chegou com o construir uma auto-estrada até à fronteira espanhola e uma outra para o Algarve?
E as estradas nacionais ou secundárias? Já não podem ser construidas (reparadas)?
Onde está o IP8 (Sines-Beja-Ficalho)?
Onde fica a alteração e correcção do traçado e pavimentação da EN 258 (Moura/Barrancos)? Esta estrada foi construída nos anos 20 do século passado, e ainda mantém o mesmo traçado sinuoso e praticamente o mesmo pavimento dessa data!
Onde fica a remodelação e repavimentação da EN 386 (Amareleja/Barrancos)? Outra estrada, desclassificada pelo Plano Rodoviário Nacional, cujo traçado (e pavimento) não foi alterado desde a sua construção no início dos anos 50 do século XX!
A título exemplificativo, olhemos agora para o lado espanhol. Nas províncias de Badajoz e Huelva, que há 15 anos estavam na mesma situação que o Alentejo, foram "abertas" novas e boas estradas e reparadas as existentes, e uma auto-pista, uma via-rápida, chega praticamente até Barrancos.
Com gasolina a € 0,92/litro e uma via-rápida a 10 Km, ir de Barrancos a Sevilha (ou a Badajoz) demora pouco mais de hora e meia; até ao Algarve duas horas...
Quem disse que Barrancos não fica no centro da Europa?
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