sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O Presidente da República queixou-se do 1º Ministro

Foto rapinada daqui
Quem foi que disse: "As minhas reformas não chegam para as despesas"?

4 comentários:

Anónimo disse...

Coitado do ANIBAL, tenho muita pena dele e da mulher, pois segundo ele diz ela está a seu cargo, segundo o ANIBAL, não tem dinheiro e sempre foi muito poupado, mas o que tem de sobra é pouca vergonha de vir a dizer em TV mentiras, disto tem ele muito e não precisa de poupar.

De uma vez por toda, diga qual o se património (todo) mesmo aquele que esconde, por medo e o que ganha com essas reformas,~"Não há tempo sem espaço" se trabalhou num lado, não pode trabalhar noutro.

"UMA SÓ REFORMA PARA CADA INDIVIDUO, AOS 65 ANOS."

romcadur disse...

As minhas desculpas não identifiquei o anterior comentário

Anónimo disse...

Tenho tanta pena dele, que vou dar lhe metade do meu subsidio de desemprego, coitado do homem...

Tói Guerreiro disse...

Transcrevo alguns excertos do “Editorial” do “jornal i”, em 21 de Janeiro de 2012, da autoria de António Ribeiro Ferreira.
Através do título escolhido, o Director do “i”, “sugere” a Cavaco Silva a demissão do cargo que ocupa…


“Obviamente, senhor Presidente

As crises servem para muitas coisas, até para descobrir as pessoas, o seu carácter e a forma como estão na vida.


A natureza humana revela-se nestas alturas, no pior e no melhor. Não há disfarces, maquilhagens, palhaçadas que resistam aos maus momentos, às horas do tudo ou nada, ou mesmo de vida ou de morte.


Um comandante medíocre, cobarde, nunca é o último a abandonar o navio. Um homem do mar a sério sabe que a sua missão é salvar os outros na hora da tragédia e nunca foge da sua ponte, do seu navio. Fica até ao fim, com orquestra ou sem ela. Portugal está a afundar-se. Por erros e crimes praticados por muitos políticos e pelas suas políticas erradas e nada transparentes. E por opções ideológicas ultrapassadas baseadas num Estado obeso, no investimento público e na presença fortíssima do Estado nos negócios e na economia. E por empresários que só sobrevivem num mercado condicionado, sem concorrência a sério, encostados ao Estado e aos políticos do poder. E também aos sindicatos caducos, correias de transmissão dos partidos, sem ideias e incapazes de se adaptar às novas realidades e às exigências de uma economia aberta e global.


A economia está e estará em recessão , centenas de milhares de portugueses estão sem trabalho e metade dos desempregados não recebem qualquer subsídio do Estado. A fome é uma realidade para muitas famílias e já nem as câmaras nem as instituições de solidariedade social têm meios suficientes para ajudar quem caiu, de um momento para o outro, na miséria. Muitos cidadãos sem trabalho, qualificados ou sem formação, optam pela emigração para África, o Brasil, a Europa ou mesmo para o Golfo Pérsico. Os salários de quem ainda trabalha estão a ser cortados, os horários aumentam e muitas famílias, mesmo com empregos têm dificuldades em honrar os seus compromissos mensais.
Pois bem. É por isso que as pessoas se revoltam legitimamente quando ouvem falar em salários de 45 mil euros por mês na EDP.
É por isso que as pessoas não compreendem que os sacrifícios nunca atinjam a sério os mais privilegiados. E é por isso também que não se pode aceitar que o Presidente da República diga aos portugueses que não consegue viver com 10 mil euros por mês.


As afirmações de Cavaco Silva são um insulto a milhões de portugueses. As queixas do chefe do Estado são indignas do cargo que ocupa e devem merecer o repúdio de quem tem um pingo de vergonha na cara e conhece a forma como muitas famílias estão a lutar pela sobrevivência com pensões miseráveis e salários do terceiro mundo.


O Presidente da República tem repetido vezes sem fim que há limites para os sacrifícios. Mas também é verdade que há limites para a indecência. E neste mês de Janeiro de 2012, um dos piores anos da história do Portugal democrático, importa lembrar a Cavaco Silva que as suas palavras deixaram de ter qualquer significado e que as suas funções, para as quais foi legitimamente eleito por sufrágio directo e universal dos cidadãos estão gravemente prejudicadas, mesmo feridas de morte, a partir de hoje.
Obviamente, senhor Presidente da República.”

“Obviamente, demita-se, senhor Presidente da República!... “ foi o que não quis escrever Ribeiro Ferreira ao terminar esta crónica, a lembrar-se da célebre frase de Humberto Delgado, nos idos de 1958… referindo-se a António de Oliveira Salazar, numa conferência de imprensa, realizada no Café Chave d’ Ouro, em 10 de Maio de 1958...