terça-feira, 8 de setembro de 2020

Teremos uma estratégia ibérica para a fronteira (raia)?

A Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço (ECDT), que já aqui tínhamos abordado, será assinada por Portugal e Espanha na próxima Cimeira Luso-Espanhola, agendada para 2 de outubro, na cidade da Guarda, que deverá beneficiar 62% do território português e 17% do país vizinho (ver mapa abaixo).
Além de fortalecer a dinâmica de cooperação, a ECDT visa garantir a igualdade de oportunidades e o livre exercício dos direitos de cidadania em ambos os lados da fronteira; assegurar a prestação adequada de serviços básicos adaptados ao território e aproveitando os recursos em ambos os lados da fronteira; fomentar o desenvolvimento de novas atividades económicas e iniciativas empresariais e promover a fixação de população nas zonas transfronteiriças.
Os cinco eixos de atuação da ECDT
O primeiro eixo de atuação será incentivar a mobilidade transfronteiriça e eliminar os custos de contexto, designadamente através da criação da figura do chamado trabalhador transfronteiriço.
O segundo eixo será melhorar as infraestruturas e a conectividade territorial, incluindo as questões de internet e da rede móvel nos territórios de fronteira.
O terceiro eixo passa pela coordenação dos serviços básicos como educação, saúde ou serviços sociais. O 112 transfronteiriço, por exemplo, permitirá ao doente ser acorrido mais depressa pela ambulância mais próxima, seja ela portuguesa ou espanhola.
O desenvolvimento económico e a inovação territorial terão direito a um eixo específico. E haverá um quinto eixo dedicado ao ambiente, energia, centros urbanos e cultura.
(Fonte: texto/imagem, Expresso, 05-09-2020)

Sem comentários: