quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Os militares barranquenhos na I Guerra Mundial (França) - subsídios para a História de Barrancos

17 de Janeiro de 1917 foi publicado no Diário do Governo, o Decreto n.º 2938, ordenando a concentração de um corpo expedicionário destinado a combater em França (Grande Guerra, 1914-1918)
No Corpo Expedicionário Português (CEP), que esteve em França, composto por cerca de 75 mil homens, estavam 27 jovens barranquenhos - um oficial, um sargento e 25 praças - recrutados, na sua maioria, pelas unidades militares da região - o Regimento de Infantaria nº 17 (Beja) e o Regimento de Artilharia nº 3 (Évora), este último já extinto.
Conforme já referido no artigo anterior, não há relatos de mortos entre os nossos militares. Houve vários feridos em combate, com mais ou menos gravidades e baixas ao hospital; há registos de "desaparecidos"- detidos em campos de prisioneiros na Alemanha (libertados durante, ou só depois do final do conflito); Há também conhecimento dos que participação na batalha de La Lys, a 09/04/1918, onde as forças portuguesas foram trucidadas, mas resistiram tempo suficiente para permitir aos aliados reforçar e suster a ofensiva.
A listagem dos 27 militares barranquenhos do CEP, que lutaram na I Grande Guerra, composta por um oficial, Francisco Garcia Tereno, um dos Heróis da Rotundaum sargento, António Bergano Fialho Prego, e 25 praças, complementada com informação resumida retirada dos boletins militares (do Arquivo Histórico Militar) e dos assentos de nascimento (dos registos paroquiais), publica-se seguidamente, para conhecimento geral.
Esta publicação, para além do interesse público que está subjacente à mesma, constitui uma forma do eB homenagear simbolicamente estes nossos 27 conterrâneos, combatentes na I Grande Guerra (França).
Nota: Caso haja algum lapso na listagem, com troca de nomes e/ou apelidos,
alguns dos quais já foram retificados durante a transcrição, agradecemos o envio das correções, 
bem como outros dados que considerem de interesse para a História de Barrancos).
embarque no porto de Lisboa, com destino a França
Campo de Prisioneiros de Guerra de Friedrichsfeld, na Alemanha,
onde esteve detido o soldado Militão Abade, entre 09/04/1918 a 16/01/1919
(Fotos: Torre do Tombo - 1ª grande Guerra - imagens)
António Caeiro Tereno, 1º esq, nas duas fotos tiradas em França.
Este militar, nº 4 na lista, depois de regressar de França ingressou na Guarda Fiscal.
Durante a Guerra Civil de Espanha esteve destacado no posto da Guarda Fiscal das Russianas.
Ainda na Grande Guerra, em França, esteve em zona de combate com gases tóxicos,
 cujas consequências na saúde o marcaram durante toda a sua vida.
(Fotos: Cortesia da família) 
Militares onde se vê o soldado Domingos Abade Branquinho (1ª esquerda, sentado)
que esteve detido no Campo de Prisioneiros de de Munster II, Alemanha,
entre 09/04/1918 a 17/01/1919
(Foto: Cortesia Barrancos a Minha Terra - facebok)

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