terça-feira, 24 de setembro de 2013

Governo cria Rede Local de Intervenção Social para gerir a caridade

As famílias em situação de pobreza ou exclusão que peçam ajuda à Segurança Social vão passar a ter um gestor que irá planificar e definir os diferentes apoios, no âmbito da nova Rede Nacional de Intervenção Social, criado pelo Despacho n.º 12154/2013-MESS, hoje publicado.
A título de exemplo, o beneficiário do RSI, ou de qualquer outro apoio social,  terá "junto de si" um gestor financeiro que fará o  "acompanhamento de proximidade ajustando o seu rendimento às características de cada família". 
A partir de agora, os direitos sociais e a solidariedade, passam a ser geridos por um gestor... de caridade! Onde ficam os NLI (Núcleos Locais de Intervenção Social), os  CLAS (Conselhos Locais de Ação Social), etc;...
Como dizia o outro, "e esta, hein?!"

3 comentários:

Anónimo disse...

E porque nao?!
talvez muitas das pessoas que recebem o RSI nao saibam como utilizar o pouco(?) dinheiro.
Por vezes precisamos de alguém que nos ensine, que nos ajude.
Não estou a dizer que todos precisem, mas a maioria gasta dinheiro desnecessáriamente!
ou gastar o dinheiro em p.almoços nos cafés é mais rentavel que tomar o pequeno almoço em casa?!ter a MEO só porque o vizinho tem? ...
talvez o gestor sirva para por "ordem"...e melhorar a situaçao de muitas familias e ainda chegar ao fim de mês e nao ter dividas.
Eis a minha opiniao

Anónimo disse...

Podemos por a questão de outra forma:
Onde começa e onde acaba a vida privada de cada um?
Ninguém tem o direito de meter o bedelho na minha ou na vida dos outros, cada qual é livre de fazer o que quer dos seus bens, desde que não cometa crimes ou qualquer outra ilegalidade.
Que raio tem que vir um gestor meter o nariz nas contas de quem quer que seja. Onde está o respeito da privacidade de cada cidadão???
Cumprimentos.

Jacinto Saramago disse...

Caro/a anónimo/a das 15h45:
A criação do controleiro das famílias pobres, é uma questão ideológica, fascista!
Num Estado de Direito, Democrático, há direitos sociais universais. Se a família X, recebe Y, tem o direito de consumir z. O acesso aos direitos socias, são universais, desde que cumpridas algumas condições previas. Se quer ter Meo, ou Zon; Se quer tomar o pequeno-almoço no café, em vez da sua casa; Se fuma tabaco y, em vez de zx,... Pode ser um problema, mas de gestão doméstica, não de controlo do Estado.