quinta-feira, 6 de junho de 2013

Água da torneira - pressão de serviço

Com alguma frequência tem o eB recebido comentários anónimos (que entendi como reclamações uns, e desabafos, outros), alegando falta de pressão na rede pública de abastecimento de água. Na sua maioria, estes leitores queixam-se que "o esquentador não dispara" e tomam banho de água fria, ou ainda, que a "torneira corre um pinguinho..." ou então que "não podem utilizar a máquina da roupa", entre outros. 
Tenho entendido que estes comentários deveriam ser endereçados, como reclamação, para a entidade competente, no caso o Município, que gere a rede em baixa, que os faria chegar à empresa Águas Públicas do Alentejo (que gere a rede em alta). Nenhum foi tornado público, devido ao anonimato, tendo respondido apenas àquele que enviou o contacto e se identificou. 
Entretanto, quando pensava que o problema tinha sido superado, um recente comentário (poderá ser do mesmo leitor de outras ocasiões),  "volta" ao tema, queixando-se da "falta de pressão da água  em casa"!
O eB, assumindo pontualmente "funções de serviço público à comunidade" (estou a brincar, claro!), entendeu transmitir aos seus leitores uma explicação sobre o assunto, com base na informação do regulador, a ERSAR, constante do Guião Técnico nº 20, na parte relativa à chamada "Pressão de serviço" (pág. 89-90).
(...)
"A pressão de conforto nos dispositivos de utilização da rede predial (torneiras) situa-se entre 150 e 300 kPa (quilopascal), ou seja, entre 15 e 30 mca (metros de coluna de água), sendo que a pressão na rede ao longo do dia sofre flutuações em resultado das diferentes solicitações a que o sistema de abastecimento público está sujeito.
(..)
A conceção das redes prediais deve atender à pressão disponível na rede pública de distribuição e à necessária nos dispositivos de utilização (artigo 87.º do Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto). Neste sentido, previamente à emissão da licença do imóvel o projetista deve recolher junto da entidade gestora do serviço de água informação sobre a pressão de serviço disponibilizada pelo sistema público de água naquele ponto.
Na eventualidade de não ser possível garantir a pressão adequada em todos os dispositivos de utilização da rede predial, o licenciamento do imóvel deve ficar condicionado à instalação de dispositivos próprios (por exemplo, sobrepressoras ou reservatórios, no caso da pressão disponibilizada pela rede pública não ser suficiente, nos termos previstos no artigo 109.º do DR nº 23/95, de 23 de agosto, ou válvulas redutoras de pressão, quando a pressão disponibilizada pela rede pública é muito elevada).
No sentido de apurar a origem do problema, a entidade gestora deve realizar uma série de medições da pressão ao longo do dia, tanto ao nível do arruamento (ou seja, na rede pública) como nos dispositivos de utilização do imóvel do utilizador. Será ainda importante conhecer as condições em que o imóvel foi licenciado, designadamente se foi prestada informação quanto à capacidade da rede pública para garantir a pressão adequada em todos os dispositivos de utilização da rede predial."
(...)
Esperando ter sido útil, deverão os leitores ter em conta que, salvo alteração regulamentar, a instalação de sobrepressoras por particulares, vulgarmente conhecidas como bombas, carece de licenciamento ou autorização da entidade gestora.
ETA Bufo. Foto: Arquivo eB

4 comentários:

Anónimo disse...

FOSTES CLARO SIM, MAS A AGUA NÃO TER PRESSÃO NENHUMA É RIDICULA NOS DIAS DE HOJE COM OS EQUIPAMENTOS QUE HÁ

Anónimo disse...

Em minha casa acontece o mesmo, mas é mais no fim da tarde. Também não acho normal q isso aconteça.

Anónimo disse...

Na minha igual é ao fim de semana que durante a semana, a agua não tem pressão nenhuma e se abrir um torneira já a outra não corre nada

romcadur disse...

Também já fiz a minha reclamação a EAA, espero sinceramente que possam corrigir isto que se está a tornar numa vergonha para quem nos visita.

Sim também isto tem influência na nossa micro economia, pois somos e seremos sempre o que fizermos aos outro.

Espero que as reclamações feitas que nos últimos anos subiram 3.000% ou mais possa contribuir para melhorar.