sexta-feira, 2 de março de 2012

Nicho de Nossa Senhora dos Caminhos – a história

O Nicho de Nossa Senhora dos Caminhos, este o nome correto (já aquiaqui citados), situado na EN 258, à entrada da Vila, foi inaugurado em 30 de Junho de 1968.
De acordo com o jornal paroquial “Luzeiro”, de Julho de 1968, que pode ser consultado na Biblioteca de Barrancos, a sua construção  foi uma iniciativa da Mocidade Portuguesa Feminina de Barrancos, no âmbito da campanha nacional daquela organização “Nichos a Nossa Senhora”.  
O desenho do nicho é do engenheiro António Manuel dos Reis Cabrita, “casado com a nossa conterrânea D. Maria Filomena Garcia Fernandes” (uma filha do Dr. Fernandes), e a sua construção dos mestres Bossa e Caeiro, sob a “direção do Sr. Mário Fernandes Escoval” (presidente da CMB de 1965 a 1972).
Por não haver “nos modelos da Mocidade Portuguesa, imagem de tamanho requerido pela grandeza do Nicho foi a casa Nun’Alvares Pereira, do Porto, encarregada da feitura de imagem condizente, de 60 cm de altura, em cimento branco, material próprio para estar exposto ao temporal”,
Ainda, de acordo com o “Luzeiro”, a “inauguração do Nicho que estava marcada para o meio da tarde, teve de ser adiada para a noite, devido ao calor escaldante”.
Mais tarde, depois do calor, pelas 22 horas, organizou-se “uma linda e comprida procissão - que saiu da Igreja Paroquial - , levando à frente, vestidas de branco, as crianças que nesse dia haviam feito a 1ª comunhão, seguidas da maior parte da população da Vila. No andor, transportado pelas crianças das escolas, seguia a imagem de Nª Sr.ª dos Caminhos, com um bordão de caminheira na mão direita e o Menino Jesus apoiado no braço esquerdo”. Depois das poesias das crianças, das “palavras alusivas do Pároco, de três Ave-Marias da multidão pelos caminheiros do Mundo e da Vida”, a cerimónia terminou com um buzinão dos “automóveis ali concentrados”.
Saliente-se, também, que a “maior parte da verba gasta no empreendimento”, foi angariada através de donativos dos barranquenhos e outros assinantes do “Luzeiro”, seguindo o apelo do Pároco e da subdelegada regional da Mocidade Portuguesa, Ana Maria Fernandes Escoval (professora do ensino básico, que residia na casa onde hoje é a Junta de Freguesia de Barrancos), que dá conta das “dificuldades materiais das filiadas (…) que são unicamente as crianças da escola”. 
Fonte: Luzeiro, fevereiro de 1966 e junho de 1968)
Nicho de Nossa Senhora dos Caminhos. Barrancos, EN 258. Foto do autor. 28fev2012

2 comentários:

Anónimo disse...

É pena ainda não terem reposto a cruz no seu lugar, para o nicho ficar como sempre foi,se quem tem a cruz não a quer devolver para ser reposta no seu lugar, então a câmara que que mande fazer outra cruz para sobestituir.

ae disse...

Foi intressante saber mais um pouco da da história de Barrancos e da participação da minha família.